POLITÍCA NACIONAL
Líder do Novo diz que PEC do Estado de Emergência vai ampliar crise financeira
POLITÍCA NACIONAL
Deputados do Novo discursaram contra a proposta que institui estado de emergência até o final do ano para viabilizar a ampliação de benefícios sociais e econômicos, como auxílio para caminhoneiros e ampliação do Auxílio Brasil. A proposta (PEC 15/22) foi discutida nesta quinta-feira (7) no Plenário da Câmara e será votada na próxima terça-feira (12).

O partido já tinha sido contrário à medida na análise pela comissão especial. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), afirmou que a aprovação da proposta vai gerar uma crise financeira ainda maior.
“Em poucos meses, por conta desse descalabro fiscal que está sendo feito, essa impressão de dinheiro populista, o litro do leite que já está caro vai ficar mais caro ainda”, disse.
Tiago Mitraud afirmou ainda que a proposta gera precedentes perigosos. “Qualquer novo político que não queira perder a eleição vai se aproveitar desta caixa de pandora e vai oferecer dinheiro para a população às vésperas da eleição”, alertou.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que a proposta vai gerar afastamento de investidores pela irresponsabilidade fiscal e aumento ainda maior dos combustíveis. Ele afirmou que o partido deverá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida. “Está sendo cometida infração ao processo legislativo”, declarou.
Para o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), a proposta é “tacar gasolina na inflação”. “Quando a gente distribui mais dinheiro para a população sem resolver o problema da oferta, o que vamos ter é mais inflação”, disse.
Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), a medida é populista.
Oposição
Os deputados de oposição disseram que vão votar a favor da proposta, mas criticaram a votação da PEC a poucos meses da eleição. O Executivo, segundo eles, é movido por ambição eleitoreira.
“O presidente [Bolsonaro] quebra a Lei Eleitoral, uma regra há anos estipulada, para simplesmente ver se melhora nas pesquisas com o aval desta Câmara que há muito tempo negou diversas outras medidas inclusivas”, disse o líder da Minoria, deputado Alencar Santana (PT-SP).
O fato de a regra ser aplicada apenas até dezembro foi alvo de críticas da líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP). “Quem tem fome tem pressa há muitos meses, há muitos anos. A pressa não começa em 1º de agosto e não termina em 31 de dezembro, porque é isso que vocês estão propondo com essa PEC”, criticou.
Saiba mais sobre a tramitação de propostas de emenda à Constituição
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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