POLITÍCA NACIONAL
Lira defende revisão da Lei das Estatais para permitir especialista no comando da Petrobras
POLITÍCA NACIONAL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a revisão da Lei das Estatais, aprovada em 2016, para permitir que pessoas com experiência na iniciativa privada ocupem cargos de direção de empresas como a Petrobras. Segundo ele, atualmente, a estatal atende apenas aos interesses dos seus acionistas e não da sociedade brasileira. Nesse sentido, Lira afirma que a empresa poderia ser, inclusive, privatizada, porque não garante nenhum benefício para o Estado brasileiro.
“Hoje, a quem serve a Petrobras? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento. A gente tem um preço internacionalizado, produz petróleo aqui e tem referência no preço internacional porque é bom para o acionista. Se não tem nenhum benefício para o Estado brasileiro, que seja privatizada e aí tratamos com a seriedade necessária. Estou dando minha opinião pessoal”, afirmou Lira.
“A compliance montada pela Petrobras não vai permitir que ela trabalhe em prol do povo brasileiro. Pergunte a eles (os dirigentes) qual o cheiro do gás? ”, ironizou o presidente.
Lira respondeu a uma pergunta de jornalista sobre a recusa do economista Adriano Pires de ocupar a presidência da Petrobras no lugar do general Luna e Silva, por prestar consultoria nessa área a empresas privadas e supostamente haver um conflito de interesse se assumisse o cargo.
Segundo Lira, colocar na presidência da empresa generais, almirantes, professores, jornalistas e administradores que nunca tiveram contato com petróleo e gás é a única maneira de manter o interesse corporativo dos acionistas e blindar a empresa de assumir responsabilidades com o Brasil. Para ele, é preciso discutir a lei das estatais para garantir uma melhor gestão das empresas brasileiras.
“O Luna e Silva entende de petróleo e gás? Não entende. A audiência dele na Câmara foi pífia, o contexto das corporações controla quem não entende. A compliance na lei das estatais inviabiliza qualquer pessoa do ramo a atuar como presidente da Petrobras e agir com sabedoria na gestão desse processo”, afirmou.
“Não tenho relação com Adriano Pires, nunca falei com Adriano Pires, me reportei a ele quando votamos a Lei do Gás para tirar uma dúvida, porque ele é um estudioso nesse assunto e não se pode partir da premissa de que só porque dá assessoria numa empesa privada não pode assumir o comando de uma empresa. A regra foi criada para isso, para travar a Petrobras e criar esse inconveniente que ela é para todo o Brasil”, criticou Lira.
Termo de Cooperação
Lira afirmou que o termo de cooperação assinado nesta manhã entre a Justiça Eleitoral e a Câmara dos Deputados foi um gesto de celebração para que as duas instituições trabalhem para evitar a desinformação.
“Queremos eleições limpas, tranquilas, seguras e calmas. Que a democracia prevaleça e a vontade e do povo seja consagrada e não haja dúvidas no processo”, defendeu o presidente.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS5 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS2 dias atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar
-
ARTIGOS5 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS23 horas atrás
Canetas emagrecedoras: ortopedista alerta sobre impactos na coluna e nas articulações