POLITÍCA NACIONAL
Mães pedem isenção tributária para as terapias nutricionais nas doenças genéticas
POLITÍCA NACIONAL
Debatedores e parlamentares defenderam nesta terça-feira (2), em evento na Câmara dos Deputados, a isenção tributária para as fórmulas e os alimentos lipoproteicos destinados a terapias nutricionais em razão de doenças genéticas.
“Queremos fórmulas e alimentos com alíquota zero na reforma tributária, para que os pacientes tenham acesso melhor”, disse a presidente da Associação Mães Metabólicas, Simone Arede. “Para o governo, também ficará mais barato”, avaliou ela, citado políticas públicas e também situações com desfecho na Justiça.
O debate na Comissão de Saúde foi realizado a pedido da deputada Flávia Morais (PDT-GO), presidente da subcomissão permanente de políticas públicas para o transtorno do espectro autista, doenças raras e demais neurodiversidades.
A deputada Rosangela Moro (União-SP), na presidência dos trabalhos nesta terça-feira, concordou com Simone Arede e disse que atuará pela isenção tributária. Hoje, os impostos somam cerca de 50% do preço na importação de alguns daqueles itens.
“É mais barato fornecer ou facilitar a importação e o comércio dos produtos. Uma pessoa com problemas cognitivos, cegueira ou qualquer outra sequela custará mais caro para o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou a parlamentar.
Doenças genéticas
Fórmulas elaboradas e alimentos lipoproteicos integram a terapia nutricional obrigatória nos casos de doenças genéticas como fenilcetonúria, detectada pelo teste do pezinho. Hoje, são cerca de 3 mil pessoas em tratamento no Brasil.
A terapia nutricional deve ser seguida durante toda a vida no caso das pessoas cujo organismo tem dificuldade no processamento de proteínas. Caso contrário, há risco de lesões cerebrais, de perdas cognitivas e, em alguns casos, até de vida.
Participaram do debate nesta terça-feira a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves; o coordenador-geral de Doenças Raras da Coordenação Geral de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Natan de Sá; o diretor de Nutrição Especializada da Danone Brasil, Arthur Lorenzetti; e o diretor da CMW Saúde, Carlos Eduardo Gouvea.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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