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POLITÍCA NACIONAL

Ministério da Saúde vai revisar neste ano o plano de enfrentamento do HIV/aids entre mulheres

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
A Inclusão Social de Mulheres Soropositivas. Dra. Angelica Espinosa Barbosa Miranda - Ministério da Saúde; Claudia Velasquez, diretora e representante do Programa das Nações Unidas contra o HIV e AIDS - UNAIDS Brasil; Dep. Erika Kokay PT-DF
Audiência foi promovida pela Secretaria da Mulher, na Câmara dos Deputados

A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angelica Miranda, disse em audiência na Câmara nesta terça-feira (29) que o governo vai revisar ainda neste ano o Plano de Enfrentamento do HIV/aids entre Mulheres. O último plano foi elaborado para o período 2007-2010 e a ideia, segundo ela, era rever o texto em 2020, mas houve um adiamento por causa da pandemia.

Angelica Miranda falou aos deputados que acompanharam audiência promovida pela Secretaria da Mulher da Câmara. Ela anunciou que o país está próximo de reduzir a quase zero a transmissão do HIV na gestação, mas explicou que existem diferenças regionais significativas:

“Quando a gente olha o país como um todo, a gente vê 2,3% de casos de transmissão vertical de HIV. Mas a gente tem 95% de acesso a consulta pré-natal e 95% de acesso ao tratamento antirretroviral. Só que quando a gente olha as regiões, essas regiões são desiguais”, disse.

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Monitoramento
A transmissão vertical é alta em cidades como Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Belém (PA). A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que vai sugerir a criação de um grupo de trabalho na Câmara para monitorar as políticas de enfrentamento à aids entre as mulheres:

“As comissões voltando a funcionar, o que deve acontecer em meados de abril, a gente pode apresentar um requerimento para criação de um grupo para monitorar com a sociedade a implementação do plano. Obviamente estabelecer o diálogo com o poder público nas diversas esferas, particularmente o Executivo”, observou a deputada.

Claudia Velasquez, da Unaids Brasil, programa da ONU sobre a doença, disse que foi aprovada uma estratégia global para eliminar a Aids até 2030. Ela afirmou que é importante fazer recortes de gênero e raça entre os infectados pelo HIV para auxiliar o enfrentamento. Um exemplo é que de cada três mulheres infectadas, uma já sofreu violência física ou sexual.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
A Inclusão Social de Mulheres Soropositivas. Angela Tayra - Enfermeira da Gerência de Vigilância Epidemiológica – CRT do Programa Estadual DST/Aids-SES-SP
Angela Tayra: 32% das gestantes soropositivas descobriram a doença no pré-natal

Estatísticas
A representante da Secretaria de Saúde de São Paulo na audiência, Angela Tayra, disse que em 2020 foram registradas 10.417 mortes por aids, sendo que 3.310 em mulheres. Ela também disse que 32% das mulheres gestantes soropositivas descobriram a doença no pré-natal. O ideal seria saber antes.

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“Assim ela pode planejar melhor quando ela vai ficar grávida. Quando ela tem zero de detecção de vírus no sangue, é o melhor momento para ficar grávida e assim conservar durante a gravidez para que ela não transmita para o seu bebê”, afirmou.

Entre os recortes diferenciados, Angela Tayra citou o exemplo de mulheres trans, que em cada grupo de 100 pessoas, 31 teriam o HIV. Várias convidadas citaram a necessidade de dar a opção do tratamento PrEP entre as políticas públicas. O PrEP, ou Profilaxia Pré-Exposição, é um tratamento com medicamentos que reduz o risco da infecção.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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