POLITÍCA NACIONAL
Ministro aponta necessidade de reestruturar o CadÚnico e diz que busca mais repasses para Assistência Social
POLITÍCA NACIONAL
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou, em debate na Comissão de Previdência e Assistência Social da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (31), que o objetivo da pasta é retirar cada vez mais pessoas do mapa da fome. Ele defendeu ainda a reestruturação do Cadastro Único ([[g CadÚnico]]), que é a porta de entrada para diversos programas sociais, entre eles o Bolsa Família.
“Nós vamos juntos, de novo, tirar o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar e nutricional. Vamos reduzir o número de pessoas que estão na pobreza e ainda mais das que estão extrema pobreza. Quero ter o privilégio de, ano a ano, vir a essa comissão e trazer notícias boas”, afirmou o ministro, que pediu que o País esteja em sintonia para caminhar nessa direção.
Segundo Wellington Dias, desde a criação do Bolsa Família, em 2004, a insegurança alimentar – condição em que a pessoa não consegue se alimentar pelo menos três vezes ao dia – migrou para a periferia das grandes cidades, chegando a 35% da população do Sudeste.
Dinheiro federal para assistência
Para a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que solicitou o debate, é preciso revisar portaria que desobrigou a União de aportar recursos para a Assistência Social. A deputada, que foi secretária de Assistência Social no município do Rio de Janeiro entre 2021e 2022, explica que, naquela gestão, 60% dos valores de co-financiamento não foram repassados, e o prefeito fez aportes do tesouro municipal.
“Isso dá para aguentar na cidade do Rio de Janeiro, mas tem municípios que não conseguem. E aí não conseguem qualificar o CRAS – Centro de Referência de Assistência Social –, nem trazer mais profissionais ou fazer atendimentos, e nunca vão chegar no seu melhor índice de recadastramento. Como é que vai fazer recadastramento?”, questionou.
O ministro Wellington Dias afirmou que a portaria está sendo revista e que a intenção é garantir um financiamento tripartite para a assistência social. “Começamos quitando o que encontramos empenhado, mas não estava pago. Mas para aquilo que não teve empenho, estamos buscando uma forma legal para resolver, junto à AGU”, explicou. “Estamos trabalhando para lidar com a regra tripartite, que foi uma das primeiras cobranças do Conselho Nacional de Assistência Social (Cnas).”
Números da pobreza
Atualmente o CadÚnico tem 94,7 milhões de pessoas inscritas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 2022, mais 62 milhões de brasileiros estavam abaixo da linha da pobreza. Desse total, quase 18 milhões vivem em extrema pobreza.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
“Appassionata” – Opus Quattro celebra os temas do amor em concerto na Casa do Parque
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Com tecnologia de ponta, H.Bento realizou mais de 70 mil atendimentos ortopédicos em 4 anos
-
MATO GROSSO16 horas atrás
AACCMT lança campanha de arrecadação de brinquedos para o Dia das Crianças