POLITÍCA NACIONAL
Ministro das Relações Exteriores defende fim da guerra na Ucrânia e criação do Estado palestino
POLITÍCA NACIONAL
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil tem feito o que é possível para o fim da guerra na Ucrânia. Ele também defendeu a criação do Estado da Palestina e afirmou que o Brasil terá papel destacado na Conferência do Clima, a COP-30.
O ministro falou sobre as ações de seu ministério nesta quarta-feira (19) na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Guerra na Ucrânia
Em resposta ao deputado Claudio Cajado (PP-BA), Mauro Vieira falou da posição do Brasil sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. “O presidente Lula condenou a invasão, mas também diz ser chegado o momento para se poder, então, sentar e começar uma negociação, um espaço de conversas. Lula se encontrou com o presidente da Ucrânia, eu me encontrei com o ministro do Exterior. Foram vários os contatos telefônicos. Fazemos, evidentemente, o que está no alcance e o que o espaço diplomático permite”, afirmou.
O deputado Cajado é presidente da União Interparlamentar, organização que reúne mais de 170 Parlamentos no mundo, e afirmou ter sido questionado por parlamentares ucranianos sobre o posicionamento do Brasil em relação à guerra.
COP-30
Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (a COP-30), o ministro das Relações Exteriores afirmou que o Brasil terá papel destacado. “Estamos trabalhando para que a COP-30 seja o momento de revisão das posições e contribuições determinadas de cada país para a questão sobre reduzir o aquecimento global ou manter o aumento da temperatura global em, no máximo, 1,5%.”
O deputado Ricardo Salles (PL-SP) lembrou ao ministro que há discrepância entre as contribuições dadas pelos diferentes países pelo fim das emissões de carbono. Ele argumentou que o Brasil não tem responsabilidade histórica pelo lançamento de gases do efeito estufa, pois só veio a se industrializar na década de 40 do século passado.
“Dos 100% de emissões globais, 30% são de responsabilidade da China. Os EUA são 18%, Europa é 17%, 16%. Índia 7% e a Rússia 5%. O Brasil é apenas 2,8% das emissões globais. Fomos com grandes países para rachar uma conta que não era nossa. A conta dos problemas climáticos e acúmulo de gases de efeito estufa, histórico e presente, é uma conta dos países ricos, não de desenvolvimento”, disse Salles.
Em resposta, o ministro Mauro Vieira disse que a posição do deputado é a mesma do governo. “[Sabemos que] os responsáveis pela poluição, pelo desmatamento e pelo aquecimento global são os países industrializados, e que eles se comprometeram, na COP de Paris, como o senhor bem mencionou e se lembra, a uma contribuição de 100 bilhões de dólares que nunca apareceu. Essa é uma posição muito clara do presidente, que não se cansa de dizer isso em todos os foros e em todas as reuniões que vai, e muitas vezes é criticado até na imprensa, que diz que ele está se opondo e confrontando países, mas está no fundo defendendo a posição brasileira.”
Israel
O deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) questionou o ministro sobre a retirada do embaixador brasileiro de Israel. Mauro Vieira respondeu que as relações com Israel continuam por meio de um encarregado de negócios e que foi inviável manter o embaixador.
“Isso em nada complicou ou dificultou o diálogo. Temos um competente encarregado de negócios que continua, portanto, mantendo assuntos de Estado levando adiante. Um novo embaixador terá em momento adequado”, explicou.
G20
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), um dos parlamentares que pediu a audiência com o ministro das Relações Exteriores, ressaltou que, neste ano, o Brasil preside o G20, uma oportunidade para o País contribuir com as reformas nos organismos multilaterais.
Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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