POLITÍCA NACIONAL
Ministro do Esporte ressalta importância do apoio de deputados para aumentar orçamento da Pasta
POLITÍCA NACIONAL
O deputado licenciado e atual ministro do Esporte André Fufuca participou nesta quarta-feira (29) do 1° Fórum Legislativo do Esporte e indicou que a Pasta tem trabalhando para ampliar o orçamento do esporte nacional, em seus diferentes níveis.
Fufuca citou como exemplo a negociação com o Parlamento e o governo para a derrubada do veto à criação do Fundo Nacional do Esporte, previsto na Lei Geral do Esporte – ao sancionar a lei, o presidente Lula vetou o fundo sob o argumento de que não havia previsão de receitas orçamentárias para sua instituição. O veto ainda não tem data para ser analisado pelo Congresso.
Esporte paralímpico
Outra prioridade do Ministério do Esporte, segundo Fufuca, é o incentivo ao esporte paralímpico. “Quando eu assumi a pasta, o ministério tinha orçamento de 1 milhão para o paradesporto. Eu já coloquei para esse ano dez vezes: nós vamos ter no mínimo R$ 10 milhões para ajudar o paradesporto no ano de 2024”, afirmou.
Nos últimos Jogos Parapanamericanos de Santiago, o Brasil conquistou 343 medalhas, sendo 156 de ouro.
Vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, o atleta Yohansson Nascimento participou das Paraolimpíadas de Pequim em 2008, Londres em 2012 e Rio de Janeiro em 2016, e conquistou ao todo uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze em atletismo da classe T45, para amputados de membros superiores – Yohansson nasceu sem as duas mãos.
“Onde houver uma criança com deficiência em qualquer lugar do Brasil, eu quero que ela tenha a mesma oportunidade que eu tive e transformar vidas de muitas famílias através do esporte paraolímpico”, disse. “Atualmente, estamos com 67 centros de referência espalhados por todo Brasil, atendemos crianças em idade escolar para que tenham oportunidade de ser incluídas na sociedade.”

O presidente do Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Brasileiro, Leomon Moreno, entregou uma das medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Parapanamericanos de 2023, realizado em Santiago (Chile). O Brasil terminou em 1º lugar no quadro de medalhas (343). Durante o evento, o ministro ressaltou que 97% dos medalhistas fazem parte do Programa Bolsa-Atleta.
Jogos estudantis
No Fórum Legislativo do Esporte, o 1º vice-presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Robson Aguiar, também chamou a atenção para a importância dos jogos estudantis brasileiros como embriões de atletas profissionais.
O presidente do Comitê Brasileiro de Clubes, Paulo Maciel, concordou e acrescentou a importância dos clubes na formação de atletas.
“O clube no Brasil, hoje, é como se fossem as universidades nos Estados Unidos. O segmento do esporte é formado lá pelos universitários; no Brasil, o segmento é clubístico. 85% dos atletas do Pan tiveram iniciação nos clubes e formação em clubes. Então, isso me orgulha muito”, colocou.
Expectativa
O vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco Antonio La Porta, acredita em boas surpresas nas Olimpíadas de Paris, no ano que vem, dadas a mudanças no COB ao longo dos anos e no foco de atuação do Ministério do Esporte.
“E isso vai refletir em Paris. Eu não tenho dúvidas que nós estaremos muito prontos para repetir ou melhorar o resultado. Mostramos isso no Panamericano, nossos atletas mostraram isso. O trabalho que nós estamos fazendo aqui só reforça essa esperança.”
Educação para o depois
Na opinião do coordenador do fórum, deputado Luiz Lima (PL-RJ), que é presidente da Comissão do Esporte, a Educação também é importante para a formação de atletas e a conscientização para a vida pós-atleta.
“Precisamos ter uma formação educacional adequada, fazendo com que todas essas entidades se unam e façam com que os nossos atletas tenham uma formação para que eles sejam e tenham uma vida pós-atleta”, ressaltou.
Segundo Luiz Lima, essa visão deve estar presente também no Ministério do Esporte, para que sejam criadas janelas de oportunidade para os campeões de hoje continuarem sendo exemplo a crianças e jovens mesmo depois de terem deixado o esporte de alto rendimento.
O evento
O 1° Fórum Legislativo do Esporte é promovido pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados. A abertura reuniu parlamentares, representantes do governo, atletas e gestores esportivos. O evento tem duração de dois dias.
Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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