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POLITÍCA NACIONAL

Ministro do Turismo afirma que brasileiros têm sido chave para retomada do setor

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POLITÍCA NACIONAL

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Programas e Projetos do Ministério do Turismo para 2022. Carlos Alberto Gomes de Brito - MINISTRO DO TURISMO.
Carlos Brito: foram entregues 2.935 obras de infraestrutura turística no País

O ministro do Turismo, Carlos Brito, afirmou nesta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, que a redescoberta do Brasil pelos brasileiros tem sido o principal motivo da retomada econômica do setor nos últimos anos.

“Mesmo em meio à pandemia, com fechamento de fronteiras entre os países e a adoção de medidas sanitárias protetivas, muitos brasileiros que antes viajavam para o exterior tiveram oportunidade de descobrir ou redescobrir o nosso país, que é lindo por natureza”, disse Brito.

Segundo ele, em 2019 o turismo interno registrou quase 21 milhões de viagens, contra mais de 12 milhões em 2021, durante a pandemia de Covid-19.

A vinda do ministro à Comissão de Turismo da Câmara foi sugerida pelos deputados Bibo Nunes (PL-RS), Felipe Carreras (PSB-PE) e Herculano Passos (Republicanos-SP).

Ao apresentar as principais ações da Pasta, Brito destacou o foco em infraestrutura, qualificação, promoção e investimento como estratégia para superar momentos difíceis do País, como os desastres de Brumadinho e Mariana, ambos em Minas Gerais, o derramamento de óleo no Nordeste, as duas ondas da pandemia de Covid-19 e, agora, os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Durante a pandemia, ele citou a edição das medidas provisórias que permitiram a remarcação, sem custos, de pacotes e passagens (MP 948/20) e a liberação de R$ 5 bilhões em capital de giro para empresas do setor (MP 963/20), além do lançamento do programa Selo Turismo Responsável, que atesta a adesão de empreendimentos ao protocolo de medidas de prevenção à Covid-19.

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“Se tem algo que podemos tirar da pandemia, é que o brasileiro conheceu o Brasil”, disse deputado Rodrigo Coelho (PODE-SC), que presidiu a reunião, concordando com a afirmação de Brito.

O ministro do Turismo comentou ainda a entrega, desde de 2019, de 2.935 obras de infraestrutura turística no País, com investimentos de mais de R$ 1 bilhão e 42,2 mil empregos gerados, além da retomada dos grandes eventos, como as festas de São João no Nordeste.

Para o segundo semestre, ele anunciou investimentos nos turismos gastronômico e rural, além da continuação do calendário de entrega de obras e da promoção de eventos.

“Em relação ao que vem pela frente, um dos eixos de atuação é justamente o turismo gastronômico, por meio do programa nacional de turismo, que lançamos recentemente. Esse segmento é o terceiro principal indutor de viagens em todo mundo”, disse.

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Programas e Projetos do Ministério do Turismo para 2022. Dep. Silvio Nascimento - PRESIDENTE DA EMBRATUR.
Silvio Nascimento pediu mais investimentos para promover o Brasil no exterior

Estrangeiros
Também ouvido pelo colegiado, o presidente da Embratur, Silvio Nascimento, por sua vez, destacou a retomada da visita de turistas estrangeiros. “Nos cinco primeiros meses deste ano, nós passamos a barreira de um milhão de visitantes estrangeiros. Até abril já tinham passado pelo País mais de 962 mil turistas vindos de fora, ultrapassando o número de 2020 inteiro”, informou.

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Nascimento ponderou, no entanto, que a realidade brasileira ainda está aquém da verificada em outros países, sobretudo por conta do baixo volume de investimento nesse tipo de turismo.

“Falando em turismo e em promoção no exterior, a Argentina tem um investimento de US$ 120 milhões, a Colômbia, de US$ 70 milhões, o México, belos US$ 500 milhões, enquanto o Brasil investe apenas US$ 8 milhões”, lamentou.

“É irrisório o investimento do Brasil em propaganda ou em divulgação do país no exterior. Eu defendo que a Embratur precisa de, no mínimo, US$ 250 milhões para colocar o Brasil em um patamar competitivo. A gente percebe que o investimento é proporcional ao número de turistas estrangeiros”, reforçou o deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), ex-ministro de Turismo do governo Bolsonaro.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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