POLITÍCA NACIONAL
Mudanças nas emendas de relator ao Orçamento podem ser votadas na próxima terça
POLITÍCA NACIONAL

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a votação do projeto (PRN 3/22) que disciplina as emendas de relator ao Orçamento da União mesmo diante do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão. O Congresso discutiu o tema nesta quinta-feira (15) e deve votar o texto na terça-feira (20) que vem.
Para Pacheco, a questão precisa ser decidida porque pode haver recurso sobre o julgamento. “Eu considero importante o Congresso Nacional se debruçar e avaliar, aprovando ou não, um projeto de resolução cuja intenção é o aprimoramento daquilo que se apontou no Supremo lá atrás como vulnerabilidades das emendas de relator”, ponderou.
Já o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) disse que concorda com a ministra Rosa Weber, relatora do caso no STF, sobre a inconstitucionalidade das emendas, que deveriam ser usadas apenas para corrigir erros e omissões. “Ela mantém a orientação de que as emendas de relator não podem apontar para novas despesas. A emenda de relator está definida na Constituição, teríamos que mudar a Constituição”, afirmou.
O projeto, apresentado pelas Mesas da Câmara e do Senado, divide os recursos das emendas de relator para que 80% seja destinado pelas bancadas dos partidos e 20% pelo próprio relator e as duas mesas-diretoras. Do total dos recursos, pelo menos 50% teriam que ser destinados para saúde, assistência social e educação.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do texto, disse que o crescimento destas emendas nos últimos anos faz parte de um processo de “empoderamento” do Congresso, iniciado com a imposição da execução das emendas individuais e de bancadas estaduais. Ele voltou a dizer que não cabe mais o apelido de “Orçamento Secreto” porque, em 2023, os parlamentares terão que assinar as emendas.
Castro acredita na melhoria das políticas públicas com a regulamentação da matéria. “Alguém vai me dizer que um recurso destinado por um burocrata de um ministério é mais eficiente do que o recurso destinado por um parlamentar que conhece a realidade do seu estado, do seu município, in loco?”, indagou.
Para o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), porém, é preciso que as emendas de relator sejam direcionadas pelo Executivo. “Que seja feito de acordo com o planejamento do governo, do Executivo. Porque muitas vezes a gente coloca dinheiro para a saúde, mas às vezes não há necessidade de tanto dinheiro para a saúde e acaba que é desviado. Então tem que haver uma sintonia entre a emenda de relator e a prioridade do Executivo”, disse.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou principalmente a destinação de recursos pelas Mesas. “E agora o que está se tentando fazer é dar inclusive por meio desta resolução um valor fixo anual para os presidentes de cada uma das Casas, estimados pelos percentuais deste projeto em R$ 1,5 bilhão para cada um distribuir como quiser”.
Rodrigo Pacheco argumentou, porém, que a destinação não seria feita pelos presidentes; mas pelas Mesas, que têm uma composição proporcional aos blocos partidários.
Já o deputado Tulio Gadelha (Rede-PE) disse que a destinação de recursos pelas lideranças partidárias perpetuaria o poder atual dos partidos. “Cinco partidos destinaram neste ano aproximadamente 75% de todas as emendas do Orçamento Secreto. E olha que coincidência: esses cinco partidos foram os que mais cresceram nestas eleições de 2022”.
Para 2023, o Executivo direcionou os recursos das emendas de relator, cerca de R$ 19,4 bilhões, dada a falta de dinheiro em várias áreas. Mas, com base na folga orçamentária da PEC da Transição (PEC 32/22), o relatório final do Orçamento (PLN 32/22), em tramitação na Comissão Mista de Orçamento, pode destinar mais recursos para investimentos a partir destas emendas.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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