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Oposição critica inclusão em pauta de proposta sobre agrotóxicos; acompanhe

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e apreciação de propostas. Dep. Erika Kokay PT-DF
Erika Kokay: projeto anula exigências e compromete saúde da população

Deputados de oposição criticaram a inclusão, na pauta desta quarta-feira (9), do Projeto de Lei 6299/02, que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil. O tema é apelidado de “PL do Veneno” pelos parlamentares contrários, mas na pauta prioritária do governo federal é chamado de “Lei do Alimento Mais Seguro”.

A proposta foi aprovada em comissão especial em 2018. Entre outros pontos, altera a nomenclatura de “agrotóxicos” para “pesticidas”. Os deputados vão analisar em Plenário o requerimento de urgência. Se aprovado, a proposta pode entrar em pauta e ser votada a qualquer momento.

A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), criticou a falta de uma reunião de líderes para tratar sobre a pauta da semana. A inclusão do tema também foi criticada pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). “Em uma pauta sem discussão com líderes, tenta-se colocar um projeto que libera veneno, venenos proibidos nos países de origem”, disse.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), lembrou, no entanto, que na última sessão do ano passado foi feito um acordo para retirar o tema de votação e pautá-lo na primeira semana de votações de fevereiro deste ano. Ele disse ainda que será feita reunião de líderes nesta quinta-feira (10) para decidir sobre a pauta da semana que vem.

Para a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), a proposta vai contra o que se espera de um governo. “Que país é esse que prioriza veneno?”, questionou.

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a proposta vai tornar a agricultura brasileira ainda mais atrasada. “É inacreditável que a Câmara Federal queira se debruçar hoje, como uma grande prioridade, em um projeto de lei para ampliar o uso de agrotóxicos e outros venenos proibidos na Europa e nos Estados Unidos, tornando a nossa agricultura cada vez mais atrasada em nível internacional”, criticou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou que a proposta centraliza no Ministério da Agricultura a autorização das substâncias, que hoje envolve o Ministério do Meio Ambiente e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Hoje há três órgãos responsáveis pela liberação dos agrotóxicos, querem diminuir para um. Hoje há uma série de exigências que serão simplesmente rasgadas em detrimento da saúde do povo”, disse.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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