POLITÍCA NACIONAL
Oposição faz protesto em Plenário contra indulto à pena de Daniel Silveira
POLITÍCA NACIONAL

Parlamentares de oposição fizeram um protesto no Plenário da Câmara dos Deputados contra a decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de conceder a graça à condenação criminal do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Os parlamentares empunharam cartazes contrários ao perdão dado a Silveira, com as frases “Esse indulto é insulto”, “Graça não é de graça” e “Ditadura nunca mais”.
Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 20 de abril a oito anos e nove meses de prisão pelo crime de tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer Poder da União ou dos estados. Horas após o julgamento, Bolsonaro lançou mão da graça prevista na Constituição Federal para perdoar a pena imposta ao parlamentar.
Para o líder da Minoria, deputado Alencar Santana (PT-SP), a decisão de Bolsonaro tem o objetivo de deslegitimar o Judiciário e gerar instabilidade entre os poderes. “Ele fez uma medida totalmente violenta, que agride o STF, que agride uma decisão democrática. Podemos discordar da decisão, mas não pode o presidente, usurpando do seu poder, usar de um instrumento constitucional simplesmente para beneficiar um aliado que atentou contra a democracia”, disse.
A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), também criticou a decisão. “O presidente Bolsonaro não trabalha para resolver os problemas da população, mas utiliza o seu poder, o poder de sua caneta para defender seus aliados.”
A deputada afirmou que Silveira incitou a população a agir contra o Supremo Tribunal Federal e, por isso, ele deveria ser responsabilizado pelos seus atos.
Defesa
O caso também foi alvo de diversos pronunciamentos na fase inicial da sessão. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu o decreto presidencial e afirmou que a decisão do presidente da República será cumprida. Segundo ele, Daniel Silveira foi alvo de “injustiças e perseguições” pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Eu quero dizer que o STF já extrapolou – e muito – essa sanha persecutória. Se sairmos na rua, uma pessoa der um tiro em outra, o assassino não pega 8 ou 9 anos. E vão prender uma parlamentar por falar? A imunidade parlamentar é garantida na Constituição”, declarou.
Deputados bolsonaristas também criticaram a decisão da ministra do STF Rosa Weber, relatora de ações contra o decreto presidencial que agraciou Daniel Silveira, de pedir informações ao Executivo sobre o ato.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) criticou o questionamento da ministra. “O presidente da República vai dizer para a ministra Rosa Weber ler o artigo 84, inciso 12 da Constituição, que diz que compete privativamente ao presidente da República conceder indulto”, explicou.
O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) também defendeu a decisão de Bolsonaro. “Com sua caneta, ele restabeleceu a democracia”, disse.
- Mais informações em instantes
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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