POLITÍCA NACIONAL
Para especialistas, projeto sobre formação profissional fortalece aprendizagem
POLITÍCA NACIONAL
Participantes de audiência pública consideraram meritório o projeto de lei (PL 6494/19) que permite o aproveitamento, no ensino superior, de créditos obtidos por estudante na educação profissional técnica. Na opinião de especialistas, a proposta, em um de seus pontos, fortalece a aprendizagem técnica.
A matéria está em análise em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, que tem como relatora a deputada Tabata Amaral (PSB-SP). A reunião desta terça-feira (15) discutiu a educação técnica de nível médio, a aprendizagem e a inclusão social.

Na avaliação do diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Gustavo Leal, a proposta cria uma oportunidade de diálogo entre os mundos da educação e do trabalho, estabelecendo pontes para as aprendizagens industrial e comercial.
“Quando a gente enxerga um itinerário em que o principal protagonista são as redes públicas estaduais, estamos querendo democratizar o acesso dos alunos das redes públicas à boa educação profissional e aos programas de aprendizagem”, afirmou Leal.
Também a gerente de Desenvolvimento Educacional do Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Daniela Papelbaum, disse que o projeto favorece uma entrada mais qualificada no mercado de trabalho, ao aproximar a escola da realidade do aluno.
“A intenção do PL é nobre, pois traz a aprendizagem para o campo educacional. Isso é uma virtude, porque a gente entende que a aprendizagem tem um pé no setor produtivo, mas é uma ação de educação e está permeada pela necessidade de ampliação da escolaridade”, comentou Daniela.
Emenda
Gustavo Leal e Daniela Papelbaum defenderam ainda que a comissão acate uma sugestão de modificação do projeto apresentada pela deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO). A emenda busca assegurar a articulação da aprendizagem profissional com a educação profissional técnica de qualidade.
Segundo a modificação proposta, quando a educação profissional técnica de nível médio for oferecida em articulação com a aprendizagem profissional, poderá haver aproveitamento das aulas da primeira modalidade como parte teórica para efeito de cumprimento do contrato de aprendizagem profissional; e também das horas de trabalho em aprendizagem profissional para efeitos de integralização da carga horária da educação profissional de nível médio.

Ainda conforme a emenda, as atividades teóricas do programa de aprendizagem profissional deverão ser desenvolvidas por instituição credenciada de ensino especializada em educação profissional e tecnológica.
Definições
Para o CEO do Comitê Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Humberto Casagrande Neto, por outro lado, a proposta precisa definir com clareza o que é ensino médio e o que é aprendizagem.
Ele destacou ainda a necessidade de a legislação estar a par da realidade dos postos de trabalho. “Devemos discutir um marco regulatórios simples, que crie poucas obrigações, que tenha regras mais claras e que não estabeleça ambientes que as empresas não podem cumprir”, argumentou Casagrande. “Além disso, vamos conversar sobre como podemos fomentar. Por que o governo não cria cem mil vagas de jovens aprendizes, onde a empresa paga metade do salário e o Estado paga a outra metade?”, sugeriu.
Também participou da audiência a vice-procuradora-geral do Ministério Público do Trabalho, Maria Aparecida Gurgel. Ela defendeu a aprendizagem voltada para pessoas com deficiência.
A reunião foi conduzida pelo deputado Sidney Leite (PSD-AM), 1º vice-presidente do colegiado especial.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Marcelo Oliveira


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS4 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
GERAL7 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS4 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS16 horas atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar