POLITÍCA NACIONAL
Parlamentares defendem derrubada do veto à distribuição gratuita de absorventes; acompanhe
POLITÍCA NACIONAL

Deputados e senadores defenderam a derrubada, nesta quinta-feira (10), do veto à distribuição gratuita de absorventes para alunas de escolas públicas e mulheres de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade. Todos os partidos, à exceção do Novo, orientaram pela derrubada do veto.
Autora da proposta (PL 4968/19), a deputada Marília Arraes (PT-PE) disse que a votação do veto pelo Congresso Nacional vai fazer uma reparação história de uma violência contra a mulher. “Com este projeto, nós tivemos a oportunidade de trazer a público um assunto que sempre foi deixado no âmbito da vida privada, um assunto tratado somente pelas mulheres”, disse.
Marília Arraes afirmou que a bancada feminina se empenhou em unir todos os parlamentares em defesa da proposta. “Conseguimos transformar essa questão em uma causa do Brasil, que mostrou para a sociedade o que tantas meninas e mulheres passam todos os dias e que necessita de uma política pública.”
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) considerou “lamentável” o veto, já que a falta de acesso a produtos de higiene gera doenças ginecológicas e impede a plena circulação das meninas em idade escolar. “Uma em cada quatro meninas brasileiras têm dificuldade de acesso a produtos básicos de higiene”, afirmou.
O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disse que a proposta caminha para a dignidade das mulheres. “Temos aproximadamente 6 milhões de mulheres que, pelo baixo poder econômico, necessitam desse apoio. O veto demonstra falta de sensibilidade do governo Bolsonaro, e o Congresso agora vai fazer um acerto de contas e criar uma política pública fundamental para as mulheres”, declarou.
Precariedade
A líder da bancada feminina no Senado, Eliziane Gama (Cidadania-MA), apontou que, na falta de absorventes, muitas mulheres usam jornal, miolo de pão, tecidos e panos. “Em média, 23% das nossas adolescentes faltam a um período de aula exatamente pela falta dos absorventes higiênicos”, disse.
A senadora destacou ainda o esforço de articulação das parlamentares para lançar luz em um tema até então tratado como tabu: a pobreza menstrual. “Esse veto caiu sobre um projeto que é sobretudo uma causa humanitária nacional”, afirmou.
Decreto presidencial
Eliziane Gama disse que a definição do programa de promoção da saúde menstrual por decreto, como fez o governo Bolsonaro nesta terça-feira (8), traz insegurança jurídica a uma política pública.
Já a coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF), defendeu o decreto presidencial, que prevê a distribuição gratuita de absorventes e itens de higiene menstrual a mulheres pobres.
“Por mais que haja divergência com o governo, no ano passado o presidente Bolsonaro sancionou 24 legislações que saíram desta Casa [em defesa das mulheres]. Isso precisa de ter esse reconhecimento para que a gente possa continuar avançando, e nós temos também que agradecer o decreto”, disse Celina Leão.
O deputado Pedro Uczai (PT-SC) afirmou, no entanto, que o decreto presidencial não aponta recursos para financiar a distribuição de absorventes. “Tem que ser uma lei, pois se trata de direitos das mulheres e adolescentes mais pobres”, defendeu.
Líder do Novo, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) foi o único parlamentar a defender a manutenção do veto. “O Novo se sensibiliza com a causa, porém o fato de reconhecermos o problema não faz com que a gente acredite que seja a solução adequada, porque traz problemas orçamentários”, disse.
Mais informações em instantes
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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