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Parlamentares se reúnem com procurador-geral da República para saber de investigações sobre o 8 de janeiro

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Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro se disseram satisfeitos com o aproveitamento, pela Procuradoria-Geral da República, das informações que constam do relatório final da comissão, aprovado em outubro do ano passado. A CPMI investigou os atos antidemocráticos que culminaram com a invasão das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

As senadoras Eliziane Gama (PSD-MA), que foi a relatora da CPMI, e Soraya Thronicke (Podemos-MS), juntamente com o deputado Rogério Correia (PT-MG), se reuniram na quarta-feira (6) com o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco.

A comissão formada por deputados e senadores foi instalada em 25 de maio de 2023 e apresentou o relatório final em 17 de outubro do ano passado. O texto, aprovado no dia seguinte, pediu o indiciamento de 61 pessoas por crimes como associação criminosa, violência política, abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Desdobramentos da CPMI
Depois da reunião com o procurador Paulo Gonet, a senadora Eliziane Gama informou que as últimas ações que receberam manifestações da PGR, incluindo mandados de busca e apreensão executados pela Polícia Federal, foram embasadas pelas informações do relatório da CPMI.

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“Dos 24 alvos da Polícia Federal, 12 estavam dentro da CPMI, foram indiciados inclusive no nosso relatório. E o doutor Gonet afirmou categoricamente que essas informações que subsidiaram as manifestações da PGR também vieram resultantes do trabalho da CPMI”, ressaltou.

A senadora acrescentou que as informações do relatório final sobre os financiadores dos atos antidemocráticos também estão sendo utilizadas pela Procuradoria-Geral da República.

“Nós tivemos vários indiciamentos. O volume financeiro que chegou, sobretudo para os acampamentos, foi um volume financeiro resultante desses financiadores. Nós tivemos esses indiciamentos, desde pessoas mais simples, que fizeram o direcionamento através de Pix, a empresas e grandes conglomerados econômicos no Brasil que participaram de forma direta”, disse Eliziane Gama.

Tentativa de golpe
O deputado Rogério Correia afirmou que a Procuradoria-Geral da República está de acordo com a linha principal do relatório final da CPMI, de que os atos antidemocráticos fizeram parte de uma tentativa de golpe de Estado.

“Há uma concordância, sim, com a tese central da CPMI e, por isso, todo o material está sendo aproveitado. Ao contrário de ser arquivado, foi muito ressaltado exatamente isso: todo o material da CPMI faz parte das análises que estão sendo feitas pela Procuradoria-Geral e, provavelmente, também pela Polícia Federal e será assim no Supremo Tribunal Federal”, disse Correia.

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O grupo de parlamentares cobrou do procurador-geral da República um prazo para a conclusão das investigações, mas não há ainda uma data final.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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