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PEC que permite ao Congresso vetar empréstimos externos de bancos oficiais provoca polêmica na CCJ

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A reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (13) foi obstruída por partidos aliados ao governo, que usaram recursos regimentais como tempos de liderança e discussão de outros assuntos para impedir a votação de proposta pautada que dá ao Congresso Nacional o poder de vetar a concessão de operações de crédito por instituições financeiras controladas pela União, quando a operação for executada fora do País (PEC 3/23).

A proposta acrescenta a previsão de autorização dos congressistas nesses casos na Constituição Federal. O texto tem parecer pela admissibilidade do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), e não foi votado porque, com o alongamento das discussões provocado pela obstrução à PEC, a reunião da CCJ foi encerrada após a votação de três outras proposições.

O autor da proposta, deputado Mendonça Filho (União-PE), criticou o que definiu como “manobras protelatórias do PT” e defendeu seu texto. “O PT insiste em renovar erros do passado, que foram trágicos. Financiamentos absurdos para a Venezuela, para Cuba, Porto de Mariel. Cuba, inclusive, renovado o intento por parte do assessor internacional da presidência da República, ex-ministro Celso Amorim, e eu acredito sinceramente que, dentre outras missões do Parlamento, nós devemos ter a responsabilidade de avalizar ou não a política de financiamento externo”, disse.

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O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o debate era inacreditável. “O BNDES tem uma cláusula: todos os empregos têm que ser gerados aqui no Brasil. Se tiver uma obra, o metrô de Caracas, sabe quem aprovou o financiamento do metrô de Caracas? Fernando Henrique Cardoso. Os empregos contratados lá não são pagos pelo BNDES, não existe financiamento a país, é financiamento às empresas brasileiras. Do total de R$ 22 bilhões, já foram recebidos pelo BNDES R$ 39 bilhões”, argumentou.

A proposta, se aprovada na CCJ, ainda precisará ser analisada por uma comissão especial, pelo Plenário e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de propostas de emenda à Constituição

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Wilson Silveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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