POLITÍCA NACIONAL
Pimenta nega a contratação de influenciadores pelo governo e defende PL das Fake News
POLITÍCA NACIONAL
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta quarta-feira (24) que o governo não trabalha com influenciadores pagos, mas que ainda paga influenciadores contratados pelo governo Bolsonaro. Ele participou de reunião conjunta das comissões de Comunicação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
“Nós não trabalhamos em hipótese alguma com algo semelhante à milícia digital que parece algo mais ligado a ações de natureza criminosa”, disse o titular da pasta.
“O governo não trabalha com influenciadores pagos. É verdade que nós temos que pagar influenciadores, mas que não foram contratados por nós, são contas que ficaram do governo anterior”, continuou.
As declarações foram feitas em resposta ao deputado Gustavo Gayer (PL-GO), um dos que solicitou a audiência.
“O governo está organizando pagar e financiar influenciadores digitais para poder defender o governo Lula. Isso não seria exatamente o que o governo Bolsonaro foi acusado nos últimos quatro anos? ”, indagou Gayer. O parlamentar se referiu ao inquérito das “milícias digitais” que tramita no Supremo Tribunal Federal (STP).
Por sua vez, o ministro observou que o presidente Lula promove encontros com setoristas, blogueiros e influenciadores, com o objetivo de promover um “diálogo democrático”, no entanto sem compensações financeiras.

Fake News
Durante a reunião, deputados oposicionistas voltaram a criticar o PL das Fake News (PL 2630/20), que classificaram de “lei da censura”. Para a deputada Bia Kicis (PL-DF), é difícil definir o que são fake news, e essa incerteza em torno do conceito pode prejudicar a liberdade de expressão.
“Quem pode falar sobre notícia são os veículos de imprensa e de comunicação que dão notícias, as pessoas não produzem notícias, as pessoas usuárias das redes expressam suas opiniões”, frisou a parlamentar. “As pessoas é quem decidem em que canais elas vão basear suas opiniões”, complementou.
Nesse ponto, o ministro defendeu a moderação de determinados conteúdos pelas plataformas e fez a ressalva para a importância da diferenciação entre opinião e publicidade, a qual, conforme ele, foi adotada pela Alemanha.
“Eu defendo que nós temos de ter uma distinção, a opinião deve ser tratada na esfera do Código Penal, mas conteúdo monetizado e impulsionado, na minha opinião, é mídia”. Segundo ele, é necessário unificar as regras sobre o tema, porque a atual assimetria entre meios de comunicação tradicionais e os digitais é “corrosiva para a democracia”.
Pimenta reiterou ser urgente debater o tema por uma questão de soberania: “Nós não podemos permitir que essas plataformas (Big Techs) e os interesses econômicos que elas representam subordinem o interesse do País ao seu modelo de negócios”.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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