POLITÍCA NACIONAL
Prêmio Zilda Arns faz homenagem a defensores dos direitos dos idosos
POLITÍCA NACIONAL

Profissionais de saúde, instituições de longa permanência de idosos (ILPIs) e representantes do governo federal receberam nesta terça-feira (12) o Prêmio Zilda Arns 2022, um reconhecimento da Câmara dos Deputados pela contribuição deles à defesa dos direitos da população mais velha.
O prêmio homenageia a médica pediatra Zilda Arns (1934-2010), que foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança, integrou o Conselho Nacional de Saúde e trabalhou no Ministério da Saúde.
A premiação é promovida pela 2ª Secretaria da Câmara. O deputado Odair Cunha (PT-MG), segundo secretário da Mesa Diretora da Casa, ressaltou a importância de destacar o trabalho de quem faz com que a velhice seja uma fase bem vivida. “Você tem uma rede de cuidados de pessoas idosas nas mais diversas regiões desse Brasil continental e nós queremos, com essa iniciativa, valorizar cada vez mais pessoas e instituições que cuidam dessas pessoas”, disse.
Duas instituições de longa permanência tiveram o trabalho reconhecido pelo prêmio Zilda Arns: a Associação Casa Padre Luigi Brusadelli, do município de Santana (AP); e o Lar Torres de Melo, de Fortaleza (CE).
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, deputado Denis Bezerra (PSB-CE), falou sobre o Lar Torres de Melo, a instituição mais antiga desse segmento no estado, indicada por ele para a premiação. “É uma instituição filantrópica, não só trabalham com a institucionalização de pessoas idosas, mas também na formação de novos profissionais de saúde, que vão cuidar de futuras gerações, porque lá eles têm um programa de residência junto com uma universidade cearense”, explicou o deputado.
Lucia Severo, que recebeu o prêmio em nome do abrigo de idosos, salientou o desafio de prestar uma assistência de qualidade durante o período mais intenso da crise sanitária. “A gente trabalha com o idoso nos três graus de dependência. Então foi muito arriscado esse condomínio com 200 pessoas para isolar quem pegou a Covid e quem estava bem. Foi difícil mesmo. Tivemos perdas, mas o auxílio emergencial nos ajudou bastante e, graças a Deus, a gente sobreviveu e estamos bem.”
Políticas públicas
O secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Antonio Costa, se emocionou ao receber o prêmio, que dedicou à sua equipe. Entre as políticas públicas do governo federal para a parcela mais velha da população, ele destacou o pacto nacional de implementação da política de direitos dos idosos. “É um pacto que estamos levando aos estados brasileiros, para que, junto com os municípios, criem conselhos municipais da pessoa idosa, criem fundos municipais, para que a política nasça nos municípios. Essa é a nossa luta”, disse.
O gerontólogo Crismédio Costa, fundador do Movimento Nacional Vidas Idosas Importam, também foi homenageado na edição 2022 do Prêmio Zilda Arns. De acordo com ele, o movimento, que nasceu em Alagoas, está presente em mais cinco unidades da Federação. Crismédio enfatizou que todas as velhices devem ser acolhidas e respeitadas. “Daqui a alguns anos, seremos a sexta população idosa do planeta. Para que o envelhecimento, a qualidade de vida, a dignidade humana seja preservada, é preciso acessibilidade e humanismo no trato das pessoas idosas.”
O geriatra Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional do Envelhecimento, fechou a lista de homenageados. Em vídeo exibido durante a cerimônia de premiação, ele afirmou que muitas das mortes causadas pela pandemia do coronavírus poderiam ter sido evitadas e apontou a importância do combate à violência contra o idoso.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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