POLITÍCA NACIONAL
Prevenção é fundamental para conter o avanço das doenças renais, destacam especialistas
POLITÍCA NACIONAL
Participantes de sessão solene na Câmara dos Deputados destacaram a necessidade de políticas públicas para prevenir doenças renais. Os especialistas ressaltaram que um simples exame de sangue para detectar os níveis de creatinina pode evitar a evolução de um quadro que, se não for tratado, leva à necessidade de hemodiálise e até à morte.
Outras medidas essenciais, apontaram os debatedores, são o controle da pressão arterial e do diabetes. De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Patrícia Ferreira de Abreu, a causa da doença renal crônica de 70% dos pacientes que fazem diálise (procedimento para eliminar água e outras substâncias que seriam excretadas naturalmente pelo corpo) no Brasil são justamente o diabetes e a pressão arterial descontrolados. Atualmente, 157 mil pessoas realizam diálise no País. E a estimativa é que, a cada ano, 148 mil novos pacientes precisam desse tratamento.
Dificuldade de acesso ao tratamento
O autor do requerimento para a realização da solenidade, deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), reforçou que, quando o problema renal se torna irreversível, a diálise representa a única opção de tratamento, antes da realização de um transplante de rim. O deputado acrescentou que o procedimento deve ser realizado pelo menos três vezes por semana durante quatro horas.
No País, conforme Vinicius Carvalho, existem 830 unidades de diálise, e 83% dos tratamentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, apenas 7% dos municípios, o que corresponde a 400 cidades, possuem clínica de diálise. No Brasil, existem 5.700 municípios.
O deputado ressaltou que os pacientes precisam fazer grandes sacrifícios em busca do tratamento. “Saem de suas cidades pelo menos três vezes na semana e percorrem centenas de quilômetros para ter acesso às maquinas”, disse Vinicius Carvalho.
Exame de creatinina
O parlamentar acrescentou que essa realidade poderia ser diferente se os postos de saúde fizessem, por iniciativa própria, o exame de creatinina. O teste ajuda os médicos a avaliar a função e performance dos rins. “Por que o Ministério da Saúde não obriga em seu protocolo de saúde pública a realização desse exame?”, indagou.
O coordenador-geral de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Danilo Campos da Luz e Silva, respondeu que essa é uma das prioridades da atual gestão da pasta. Danilo Silva disse que o Brasil conta com 40 mil unidades básicas de saúde, que realmente poderiam realizar os exames de creatinina para detecção precoce das doenças renais.
“Estamos trabalhando para que a creatinina também seja colocada como um dos indicadores que induzem ao financiamento das equipes de atenção primária à saúde”, informou. “Está para sair um novo protocolo clínico de diretrizes terapêuticas com estratégias para atenuar a progressão da doença renal crônica.”
Dia Mundial do Rim
A sessão solene foi realizada em homenagem ao Dia Mundial do Rim, celebrado anualmente sempre na segunda quinta-feira do mês de março. A data foi criada em 2006 pela Sociedade Internacional de Nefrologia, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as doenças renais e divulgar formas de prevenção.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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