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Princesa Isabel e imperatriz Maria Leopoldina poderão ter nomes incluídos em livro de heróis da pátria

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (5), proposta que inscreve os nomes da imperatriz Maria Leopoldina e da princesa Isabel no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O livro fica depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O parecer da relatora, deputada Bia Kicis (PL-DF), foi favorável a substitutivo da Comissão de Cultura ao Projeto de Lei 127/20, do Senado. O novo texto inclui a princesa Isabel, pois o projeto do Senado previa apenas o nome de Maria Leopoldina. Como a proposta foi analisada em caráter conclusivo e modificada na Câmara, deverá retornar ao Senado para nova votação, a menos que haja recurso para análise, antes, pelo Plenário da Câmara. 

Os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP), Chico Alencar (Psol-RJ), Patrus Ananias (PT-MG), Célia Xakriabá (Psol-MG), Alencar Santana (PT-SP) e Welter (PT-PR) votaram contra o projeto. 

Segundo Chico Alencar, um dos motivos é evitar continuar no sistema em que apenas os “vencedores” ganham destaque. “É um galardão muito acima do que devia ser dedicado, talvez, a outras pessoas, talvez até mais anônimas, pequeninas. As primeiras educadoras brasileiras, mulheres negras muitas vezes esquecidas e até escravizadas, e que resistiram a essas opressões”, opinou o deputado. Alencar também disse que a princesa Isabel apenas sancionou uma lei, que na verdade foi fruto de uma luta de abolicionistas que resistiram à opressão.

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Para a deputada Caroline de Toni (PL-SC), as duas mulheres já deveriam estar no livro. “Porque muito foi influência delas para o Brasil que temos hoje. A Leopoldina, especificamente, nossa imperatriz, mulher de D. Pedro I, exerceu um papel fundamental na independência do Brasil. E a princesa Isabel, sabendo que a monarquia corria risco, teve a atitude nobre de perceber e ir contra os interesses liberais e econômicos dos grandes poderosos, os proprietários dos escravos, proprietários de terra. Ela foi a grande artífice da abolição da escravatura”, defendeu de Toni. 

Maria Leopoldina foi uma arquiduquesa austríaca conhecida por ter sido a primeira imperatriz do Brasil. Casada com D. Pedro I, é considerada personagem importante na independência do Brasil, por ter influenciado o marido.

A princesa Isabel era filha de D. Pedro II e herdeira ao trono. Em 1871, assinou a Lei do Ventre Livre, que determinou que os filhos de mulheres escravizadas nasceriam livres. Em 1888, assinou a Lei Áurea, que libertou as pessoas escravizadas no País.

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Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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