POLITÍCA NACIONAL
Projeto abre crédito suplementar de R$ 398 milhões para investimentos de estatais
POLITÍCA NACIONAL
O governo federal enviou ao Congresso projeto que abre crédito suplementar de R$ 398,1 milhões no Orçamento de 2023 para que a Petrobras e outras empresas estatais possam rever os seus planos de investimentos (PLN 35/23).
“As estatais, seguindo a dinâmica empresarial, possuem a necessidade de adoção de um planejamento flexível, o que as leva a retificar, quando necessário, suas projeções orçamentárias, a fim de se adequarem a seus planos de negócios”, afirma a justificativa da proposta.
Petrobras
O grupo Petrobras ficará com a maior parte da suplementação (R$ 317,3 milhões), sendo que a principal ação será a implantação de unidades de processamento de gás natural do Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos (R$ 207 milhões). O recurso vai permitir a retomada de obras adiadas devido a uma rescisão contratual. A suplementação da ação, segundo o governo, será custeada com cancelamento de dotação de mesmo valor.
Outra parcela do crédito será usada para manutenção e adequação de ativos de informática, informação e teleprocessamento; e para o desenvolvimento da produção e gás natural no exterior. De acordo com a empresa, isso ocorre em função de maiores investimentos no desenvolvimento da produção de óleo e gás natural em campos da Argentina e Bolívia, e da nova descoberta de campo de gás offshore na Colômbia. O valor suplementado será custeado por meio de geração própria de recursos.
Docas
A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) usará R$ 41,9 milhões para adequação de instalações gerais e de suprimento no Porto de Maceió. Já a Companhia Docas do Pará dará continuidade ao projeto de dragagem no Terminal Petroquímico de Miramar. E a Companhia Docas do Ceará usará os recursos para aquisição de aparelhos de ar-condicionado.
No caso da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), R$ 22 milhões serão alocados no projeto de fabricação de combustível nuclear e em algumas obras. O Banco da Amazônia terá mais R$ 4,6 milhões para modernizar os serviços de autoatendimento. E a Ceagesp usará R$ 4 milhões para compras de equipamentos das redes armazenadoras.
Déficit
De acordo com o governo, apenas as solicitações da INB e da Codern provocarão aumento no déficit do governo. Isso porque os valores não serão resultado de remanejamento, mas de “geração própria” das empresas. “Mas são compatíveis com a meta fiscal estabelecida, uma vez que já estão contempladas no déficit primário reprojetado”, diz o governo. As empresas estatais tinham um déficit estimado de R$ 3 bilhões. Pela legislação em vigor, o grupo Petrobras não entra no cálculo do déficit.
Tramitação
O projeto vai ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento e, em seguida, pelo Plenário do Congresso (sessão conjunta de Câmara dos Deputados e Senado Federal).
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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