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Projeto define em lei regras do Programa de Aquisição de Alimentos

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POLITÍCA NACIONAL


Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Deputado Helder Salomão discursa no Plenário da Câmara
Helder Salomão: proposta garante amparo jurídico às compras feitas pelo PAA

O Projeto de Lei 4407/21 aprimora as regras e consolida, em um único documento legal, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A proposta tramita na Câmara dos Deputados. O texto é dos deputados do PT Helder Salomão (ES), Patrus Ananias (MG) e Paulo Teixeira (SP).

Salomão explica que a proposta visa dar amparo jurídico às ações do PAA, uma das principais políticas de apoio à agricultura familiar no País. “O desenho inicial do PAA se deu em 2003, mas sem um arcabouço legal que estruturasse formalmente as ações adotadas e que lhe propiciasse a robustez desejada a políticas de Estado”, afirma o deputado.

O projeto estabelece os objetivos do programa, a governança, além das regras de aquisição de alimentos da agricultura familiar e o financiamento do PAA.

Objetivos
Pelo texto, o PAA integra o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), sistema de gestão das políticas de segurança alimentar e nutricional.

O programa será gerido por um grupo gestor, composto por representantes de quatro ministérios (Cidadania, Economia, Agricultura e Educação).

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Entre os objetivos do PAA estão o incentivo à produção e o consumo de gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar, a formação de estoques públicos e a distribuição de alimentos às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Compra direta
O projeto prevê ainda a possibilidade de compra direta – sem licitação – de alimentos produzidos pelos agricultores familiares, desde que os preços sejam compatíveis com os vigentes no mercado e os alimentos sejam de qualidade.

Produtos agroecológicos ou orgânicos poderão ter um acréscimo de até 30% relação aos preços estabelecidos para produtos convencionais. A mesma regra será adotada para os produtos agropecuários oriundos de imóveis incluídos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) que comprovadamente conservam a vegetação nativa.

Repasse
Em relação ao financiamento do programa, a proposta prevê que a União vai repassar recursos para os estados e municípios que aderirem ao PAA e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Caberá a eles executar as ações do programa, como adquirir produtos dos agricultores.

No caso do entes federados, os recursos serão repassados em parcelas e calculados com base no número de agricultores familiares. A União poderá incluir um adicional para custos administrativos, nunca inferior a 15% do valor do contrato.

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O projeto determina ainda que as unidades executoras do PAA deverão apresentar semestralmente relatório de gestão do programa com os resultados físico-financeiros.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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