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Projeto determina que provedores sejam transparentes quanto a remuneração de usuários

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Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Deputado Cássio Andrade discursa no Plenário da Câmara. Ele é branco, tem cabelo escuro e veste um terno azul-marinho. Atrás dele há uma bandeira do Brasil
Andrade: algoritmos não sofrem auditorias e não têm transparência

O Projeto de Lei 4357/21 determina que os provedores de aplicações de internet que remuneram seus usuários o façam de maneira transparente, com explicações claras e compreensíveis do funcionamento de seus algoritmos de monetização.

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, os provedores deverão oferecer aos usuários estatísticas e expectativas reais de remuneração.

Autor do projeto, o deputado Cássio Andrade (PSB-PA) destaca que, com o sucesso e a expansão das redes sociais, sugiram novas formas de remuneração de usuário, a partir do convite a novos usuários e até mesmo para a visualização de conteúdo com anúncios publicitários.

“O fato é que esse processo de monetização ou de cash back, como é conhecido, é algo bastante opaco”, aponta. “Muitos adolescentes ficam horas na frente de uma tela tentando ganhar dinheiro com anúncios enganosos em função de expectativas irreais”, completa. “É preciso que, ao menos, as informações para que uma pessoa se engaje nesse tipo de atividade sejam minimamente confiáveis.”

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O texto insere dispositivos no Marco Civil da Internet e prevê que o descumprimento da medida sujeitará o infrator às sanções previstas no marco, que incluem advertência, multa, suspensão temporária das atividades e proibição de exercício das atividades.

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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