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POLITÍCA NACIONAL

Projeto estabelece regras para cobrança de taxas pela União, estados e municípios

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POLITÍCA NACIONAL


Antônio Augusto/Câmara dos Deputados
Deputado José Medeiros discursa no Plenário da Câmara
Medeiros: “As taxas devem remunerar os custos da atuação estatal dentro do razoável”

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 16/22 estabelece regras para a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios cobrarem taxas dos contribuintes. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

A proposta prevê três regras:

  • A lei que instituir ou aumentar taxas deverá conter demonstrativo do custo total e do custo unitário da atividade ou serviço prestado ao contribuinte;
  • O total arrecadado com a taxa não poderá exceder o custo total da atividade ou do serviço;
  • A taxa cobrada de cada contribuinte não poderá exceder o custo unitário da atividade ou do serviço.

O projeto é do deputado José Medeiros (PL-MT) e altera o Código Tributário Nacional (CTN), que permite ao poder público cobrar taxas pela prestação de serviços ou pelo exercício de atividades fiscalizatórias.

O texto em análise na Câmara também estabelece que a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal aprovarão em cinco anos leis regulamentado a cobrança das taxas conforme as novas regras, sob pena de suspenção das taxas em vigor.

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Controle
O deputado José Medeiros afirma que a proposta busca evitar a cobrança de “taxas em montantes exorbitantes”, prática cada vez mais comum nos entes federados, segundo ele.

“Apenas para ilustrar, no tocante às taxas judiciárias, alguns entes cobram taxas em patamares muito superiores aos outros, com a discrepância chegando às vezes 2.000% mais altas que as taxas federais”, disse Medeiros.

Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Em seguida irá para o Plenário da Câmara.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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