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Projeto institui regras para patentes geradas pela biotecnologia transgênica

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O Projeto de Lei 3697/23 institui normas para as patentes geradas pela biotecnologia transgênica, como sementes e plantas. O texto, em análise na Câmara dos Deputados, traz regras sobre as obrigações do titular da patente e prazo dessas patentes.

A proposta também define as práticas adotadas pelo titular consideradas abusivas. Entre elas, a cobrança de [[g royalties]] sem título patentário e a não redução dos royalties após o fim da sua vigência.

Conflito
O deputado Kim Kataguiri (União-SP), autor do projeto, afirma que o objetivo é encerrar o conflito que existe hoje entre a Lei de Proteção de Cultivares e a Lei de Propriedade Industrial (LPI). Enquanto a primeira permite ao produtor rural guardar as sementes transgênicas para replantio, sem ter que pagar royalties ao dono da patente, a LPI possibilita a cobrança.

Para o deputado, a falta de um regramento que acabe com as divergências na interpretação dessas leis gera um “desequilíbrio na relação produtor e empresa”.

Perda de direito
O projeto estabelece ainda outras medidas. Entre elas, prevê que o direito de propriedade da patente biotecnológica de caráter autoreplicável termina quando a invenção deixa de gerar os benefícios para o qual ela foi registrada. Também será extinto quando não foram encontradas as características ou benefícios descritos pelo inventor.

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Em relação ao titular da patente, a proposta elenca uma série de obrigações. Por exemplo: se o titular optar por celebrar contrato de licença para exploração, terá que prestar informações ao licenciado, como prazos de vencimentos, pedidos de patente presentes no material biológico licenciado e os valores de royalties.

Próximos passos
Inicialmente, o projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Há, no entanto, um pedido do deputado Tião Medeiros (PP-PR) para que o texto também seja analisado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Medeiros presidiu esse colegiado em 2023. O pedido aguarda análise do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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