POLITÍCA NACIONAL
Relator quer ampliar debate sobre projeto que cria marco legal para emergências em saúde pública
POLITÍCA NACIONAL
O deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO) pretende ouvir representantes dos setores produtivo, de transportes e da segurança pública para concluir relatório sobre mudanças na legislação que trata de emergências em saúde pública, como a pandemia de Covid-19, a crise dos yanomamis e as enchentes no Sul.
“Para além dos aspectos sanitários, precisamos discutir economia, preservação de empregos e de renda e questões assistenciais, antropológicas e sociológicas nos enfrentamentos dessa magnitude e complexidade”, afirmou o parlamentar nesta terça-feira (26), em debate na Câmara dos Deputados.
Ismael Alexandrino reuniu, na Comissão de Saúde, especialistas para debater o Projeto de Lei 1902/21, do ex-deputado Odorico Monteiro (CE), que cria marco legal para casos de emergências em saúde pública. O PL 4591/21, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), institui o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e tramita apensado.
O relator informou que pedirá mais duas audiências públicas sobre as propostas de análise.
Grupo de trabalho
No debate desta terça-feira, o coordenador-geral da Vigilância das Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Edenilo Barreira Filho, afirmou que o tema também está em discussão no governo, e um grupo de trabalho foi criado pelo Executivo na sexta-feira (22). Embora tenha feito ressalvas aos projetos, ele apoiou o debate na Câmara.
“A gente entende que essas propostas foram elaboradas no auge da pandemia de Covid-19, como uma tentativa de melhorar a resposta naquele momento”, disse Barreira Filho. “Sobre proteções e responsabilidades, respeito à liberdade e aos direitos individuais e coletivos, cabe à Câmara fazer a discussão.”
SUS
A experiência na pandemia reforçou o modelo do Sistema Único de Saúde (SUS), avaliaram o assessor do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) Alessandro Chagas, o assessor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Fernando Avendanho e o médico infectologista Julival Ribeiro.

“O sistema jurídico brasileiro é bastante avançado em relação às emergências de saúde pública. Houve na Covid-19 uma questão de desgoverno, chegou ao ponto de o Brasil ser a vanguarda do atraso em plena pandemia. Isso é que complicou, não houve exatamente um problema de legislação”, afirmou Alessandro Chagas.
Ações coordenadas
Para os três especialistas, as situações de emergência em saúde pública sempre demandarão atenção e ações coordenadas de todos os entes federativos. O SUS possui gestão tripartite (União, estados e municípios), o que foi considerado uma vantagem, mas as crises sempre exigirão novos acertos entre esses agentes.
O deputado Ismael Alexandrino, que durante a pandemia era secretário da Saúde de Goiás, concordou com os debatedores. “Pactuação é um conceito amplo que está para muito além do voto, da disputa de poder; pactuação é a busca do consenso, mesmo que, às vezes, as ideias sejam de dissenso”, comentou.
Os deputados Clodoaldo Magalhães (PV-PE), Delegada Katarina (PSD-SE), Dr. Fernando Máximo (União-RO), Enfermeira Ana Paula (PDT-CE) e Geraldo Resende (PSDB-MS) também participaram do debate de hoje.
Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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