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Secretaria Nacional de Paradesporto pede mais orçamento e estrutura para os atletas com deficiência

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Mais orçamento para as políticas públicas e mais estrutura de apoio aos atletas com deficiência são alguns dos desafios da Secretaria Nacional de Paradesporto apresentados aos deputados da Comissão do Esporte da Câmara em audiência pública realizada nesta quarta-feira (23).

Para os debatedores, incentivar a atividade esportiva entre os brasileiros com deficiência é promover cidadania. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2022 (Pnad Contínua), são 18,6 milhões de pessoas com alguma deficiência no País.

O secretário nacional de Paradesporto, Fábio de Araújo, reclamou do orçamento de pouco mais de R$ 1,8 milhão para este ano e apontou a necessidade de conseguir mais emendas parlamentares, que, em 2023, somam R$ 6,9 milhões, sendo que 65% desse total já foram empenhados.

O secretário esclareceu que o Paradesporto, que engloba 193 modalidades, é bem mais amplo do que os esportes paraolímpicos. Estes são apenas 22, mas têm mais visibilidade.

Ele também divulgou pesquisa da Universidade Federal do Paraná mostrando que 75,38% dos municípios brasileiros não têm projetos esportivos para pessoas com deficiência e defendeu a corresponsabilidade entre estados, municípios e famílias nessa área. “A gente busca sensibilizar estados e municípios a criar unidades específicas que cuidem do Paradesporto nas suas secretarias de Esporte ou nas suas secretarias estaduais de Educação”, ifnormou.

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Também da equipe do Ministério do Esporte, a advogada baiana Nayara Falcão tem vários títulos nacionais e internacionais de Paracanoagem. Além das dificuldades específicas do Paradesporto, ela relatou que faltam maior acessibilidade, visibilidade e tratamento equitativo para os atletas com deficiência. “Olham para o que falta na gente e não para o que nós somos capazes, para as nossas potencialidades”, lamentou.

Renato Araujo/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Ações e propostas da Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR). Dr. Zacharias Calil (UNIÃO - GO)
Calil: “Esporte é uma ferramenta poderosa para a transformação social”

Subcomissão
A Comissão do Esporte aprovou a criação de uma subcomissão específica para tratar do Paradesporto.

Autor do requerimento para a realização da audiência, o deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), ressaltou a importância, por exemplo, de estimular a prática esportiva para essa parcela da população em ambientes educacionais, o que pode promover a inclusão e o respeito à diversidade, e, ao mesmo tempo, derrubar estigmas e construir uma sociedade igualitária.

“O esporte é uma ferramenta poderosa para a transformação social e é nosso dever assegurar que as pessoas, independentemente de suas limitações, tenham acesso igualitário às práticas esportivas e possam desenvolver seu potencial máximo”.

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O presidente da Comissão do Esporte da Câmara, deputado Luiz Lima (PL-RJ), destacou a qualidade das instalações do Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, que fica na zona sul de São Paulo.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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