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Semana da Enfermagem é homenageada na Câmara

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Representantes dos enfermeiros discordam da entrada da saúde nos limites propostos no novo regime fiscal, que deve substituir o teto de gastos, e exigem melhores condições de trabalho para a categoria. O tema foi debatido durante sessão solene em homenagem à Semana Brasileira da Enfermagem na Câmara dos Deputados.

A coordenadora do Fórum Nacional de Enfermagem, Líbia Bellusci, celebrou a conquista do piso nacional da enfermagem, mas lamentou uma possível limitação de gastos para a medida. A enfermeira disse que temas importantes para a classe precisam ser debatidos no Congresso, como o reajuste anual e o pagamento de profissionais de saúde da rede privada seguindo a tabela indicada pelo piso.

“A enfermagem não vai se calar, então fora enfermagem do teto de gastos, reajuste anual já e piso salarial digno para todos, para a enfermagem brasileira. Não dá para o piso salarial da enfermagem continuar no arcabouço fiscal. Porque é a maior categoria da saúde, todos os dias cresce, nós vamos precisar fazer adequações e se tiver teto, se tiver limite a enfermagem não será valorizada como merece”, reclamou.

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Para a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), uma das deputadas que sugeriram a homenagem, é preciso ter atenção com as medidas do novo regime fiscal que influenciam diretamente no orçamento destinado à saúde, mesmo que o texto (PLP 93/23) ainda esteja em discussão no Congresso.

“No projeto inicial enviado pelo governo estava fora; o relator Cajado colocou para dentro do arcabouço fiscal e isso é muito preocupante, porque significa na prática inviabilizar a possibilidade de pagamento do piso da enfermagem nos próximos anos, ou mesmo obrigar o governo — esse ou governo seguinte, seja lá qual for — a ter que fazer uma escolha: vai escolher saúde, educação ou assistência social?”, questiona.

Reconhecimento da categoria
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é médico e já foi ministro da Saúde, esteve presente na reunião, e parabenizou o serviço realizado pelos os profissionais da enfermagem durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Segundo Padilha, a aprovação do piso nacional da enfermagem no Congresso ajudou no reconhecimento da categoria. Mas ele enfatizou que o governo continua trabalhando para mais direitos na área.

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“Acho que essa é uma conquista importante, mas a gente sabe que a luta não se encerra aqui. E vocês podem contar com o governo federal, com o Ministério da Saúde, com os outros ministérios para acompanhar a implementação do piso em cada município do País, em cada estado, em cada debate de negociação coletiva que vai existir no setor privado para que essa valorização aconteça e chegue de fato no bolso da enfermagem brasileira.”

De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem, no Brasil existem mais de 2,7 milhões profissionais de enfermagem, entre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares, distribuídos nas redes pública, privada e hospitais beneficentes. As mulheres correspondem à maioria, com 85% do número total.

Reportagem – Maria Suzana Pereira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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