POLITÍCA NACIONAL
Seminário aborda importância de mais participação da mulher na política
POLITÍCA NACIONAL

Com o objetivo de debater e estimular a participação da mulher na política e no processo eleitoral, o Congresso Nacional, por meio da liderança da bancada feminina e da Procuradoria Especial da Mulher do Senado Federal e da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, formada pela coordenação da bancada feminina e pela Procuradoria da Mulher promove, na próxima segunda-feira (30), o seminário “Mais Mulheres na Política”.
Apesar de as mulheres representarem mais de 50% do eleitorado e da população do País, o Brasil ocupa a 143ª posição entre 193 países em participação de mulheres na política, segundo ranking da União Interparlamentar (UIP).
No Parlamento brasileiro, o maior aumento da representação de mulheres, desde a implantação do direito ao voto feminino em 1932, ocorreu em 2018, quando as eleitas chegaram a 15% do total de cadeiras da Câmara e Senado.
Isso foi resultado de uma série de fatores, principalmente a luta das bancadas femininas por aprovação de novas leis e articulação com os Tribunais. Nas eleições municipais de 2020 para as prefeituras, apenas 12% de mulheres foram eleitas; e para as câmaras municipais, 16%. Em âmbito municipal, 900 cidades não tiveram sequer uma vereadora eleita nas eleições de 2020.
A realização do seminário conta com parceria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Painéis temáticos
Durante o evento, serão debatidos três temas principais. Com mediação da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, o tema “Mulher na Política” terá como convidadas a ministra Carmen Lúcia, do STF e TSE; a diretora executiva da IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, Márcia Cavallari Nunes; e a atriz e escritora Maria Ribeiro.
O tema “Mulher nas Democracias” terá a participação de Anastasia Divinskaya, representante da ONU Mulheres Brasil; Basília Rodrigues, jornalista e comentarista política da CNN Brasil; e Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, com mediação da deputada e procuradora da Mulher da Câmara Tereza Nelma (PSD-AL).
Já para abordar o tema “Mulher nas Eleições”, a mediação será conduzida pela senadora Leila Barros (PDT-DF), procuradora especial da Mulher do Senado, com apresentação da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, historiadora, professora e ambientalista; da empresária e ativista da causa das mulheres Luiza Brunet; e da pesquisadora Teresa Sacchet, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), representando o Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP) da Câmara dos Deputados.
Deputadas e senadoras participarão da atividade que, ao final, terá a apresentação de uma carta aberta, assinada pelas parlamentares, com foco em estimular o interesse das brasileiras para o poder do voto feminino.
Durante o seminário, será apresentado o resultado de pesquisa do DataSenado sobre “Equidade de Gênero na Política”. A iniciativa é aberta à participação de todos os interessados e interessadas e terá transmissão pelo portal e-Cidadania do Senado Federal.
O debate será realizado às 14 horas, no Plenário do Senado Federal. O público pode acompanhar o debate e participar pela discussão pela internet.
Da Redação – RL


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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