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POLITÍCA NACIONAL

Serviço de famílias acolhedoras precisa ser ampliado no Brasil, defendem participantes de audiência

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Acolhimento à Família Acolhedora. Rosana Viegas e Carvalho - Promotoria de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Dep. Erika Kokay PT-DF; Julia Salvagni - Psicóloga e Vice-Presidente do Grupo Aconchego/DF.
Debatedores pediram mais recursos para políticas públicas de acolhimento

Previstas pela legislação, as famílias acolhedoras têm o importante papel de abrigar crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias de origem como medida protetiva de forma mais individualizada, garantindo uma convivência familiar e comunitária.

Mas, apesar da sua importância, essa modalidade de acolhimento pelas famílias atende a apenas 5% de jovens e crianças. A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados realizou audiência pública nesta segunda-feira (13) para discutir formas de apoiar e ampliar a atuação das famílias acolhedoras.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou a importância de se garantir recursos para que as famílias acolhedoras possam continuar exercendo seu papel.

“A nossa Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente asseguram, dentre todos os direitos de crianças e adolescentes, o direito à convivência familiar e comunitária”, observou a deputada. E lembrou que também está na legislação “transformar em política pública a família acolhedora que está prevista nas políticas para a primeira infância”.

Divulgação
Para o juiz da Vara de Infância e Juventude de Guarulhos (SP), Iberê Dias, é preciso divulgar a existência desse serviço para que famílias interessadas possam se habilitar para o processo de treinamento.

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“Pouquíssimas pessoas sabem o que é o Serviço de Famílias Acolhedoras, a que se destina e menos ainda como faz para se tornar uma família acolhedora. Então, são poucos os municípios que já implementaram efetivamente o serviço”, disse.

Já a representante do Movimento Nacional Pró Convivência Comunitária, Edinalva Severo, defendeu a regionalização dos serviços de famílias acolhedoras como forma de garantir o atendimento, lembrando que a maioria dos municípios brasileiros têm até 20 mil habitantes e, segundo ela, não têm necessidade da implementação de um serviço que só é utilizado uma ou duas vezes por ano.

Primeira infância
A representante do Ministério da Cidadania, Ana Angélica Campelo, lembrou que essas crianças e adolescentes ficam nas famílias acolhedoras enquanto suas famílias de origem são reestruturadas. Durante esse período, o acolhimento por uma família ao invés de uma instituição faz muita diferença, principalmente para a primeira infância.

“Ele propicia o atendimento no ambiente familiar, garante uma atenção individualizada e a convivência comunitária. Ele é particularmente adequado para a primeira infância, onde o impacto da institucionalização é maior, mas ele também é adequado e muito benéfico para crianças maiores e para adolescentes”, disse.

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Barbara Santiago participa do Serviço de Família Acolhedora e pediu atenção no desacolhimento dessas crianças, ou seja, o momento em que elas deixam a família acolhedora. Ela defendeu que esse processo seja feito de forma mais delicada, para que haja uma integração entre as famílias acolhedoras e as famílias postulantes à adoção como forma de evitar mais uma ruptura na vida dessas crianças e adolescentes.

A representante do Grupo Aconchego, do Distrito Federal, Julia Salvagni, afirmou que é preciso humanizar os processos de retirada de crianças e adolescentes de suas famílias e sua reinserção posterior ou adoção, quando for o caso.

Para mais informações sobre o Serviço de Famílias Acolhedoras você pode acessar o site familiaacolhedora.org.br.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Roberto Seabra

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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