Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Servidores do INSS criticam redução de pessoal para atendimento da população

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Os servidores do INSS afirmaram nesta quinta-feira (12), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que o órgão vem sendo desestruturado, o que tem se refletido nas enormes filas de segurados à espera de benefícios. A reunião foi promovida pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público.

Os trabalhadores lotaram três plenários de comissões para acompanhar a audiência, que debateu a Medida Provisória (MP) 1113/22. A proposta pretende reduzir as filas com a alteração de processos administrativos.

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Mudança na análise de benefícios previdenciários (MP1.113/22). Thaize Antunes - Representante da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores (as) em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS)
Thaize Antunes: desde 2015, 50% dos funcionários saíram do órgão

Ao anunciar a MP, o governo informou que 762 mil segurados aguardam perícia médica para obter benefícios. A fila geral, porém, segundo os trabalhadores, chega a 1,7 milhão de processos atrasados.

Defasagem
Representante da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Thaize Antunes informou que, desde 2015, 50% dos servidores do INSS saíram do órgão por aposentadoria ou outros motivos. O resultado disso é que hoje estariam disponíveis 17 mil servidores para atender a 113 milhões de segurados.

Leia Também:  Comissão aprova permissão para preço de arrendamento rural ser fixado em produtos

Thaize defendeu a aprovação de emendas à medida provisória que buscam transformar o serviço no INSS em uma carreira típica de Estado para evitar a terceirização. Foram apresentadas 43 sugestões de mudanças à MP 1113/22.

Na opinião da defensora pública Fernanda Hahn, a MP fragiliza o auxílio-acidente ao exigir revisão periódica do benefício nas condições de atendimento atuais. Ela também mostrou preocupação com a possibilidade de auxílios por incapacidade serem rejeitados sem perícia médica.

Atendimento presencial
Outra integrante da Fenasps, Viviane Perez reconheceu que o atendimento remoto é importante, mas destacou que muitos segurados necessitam de atendimento presencial até para serviços básicos.

“A gente está falando de 60% da pessoas que buscam o INSS e recebem um salário mínimo. Não têm acesso à internet, não sabem manusear os canais remotos”, comentou. “Então, é complicado implementar uma tecnologia que restringe e digo até que viola os direitos da população. Nesse cenário, ainda institui um aprofundamento das metas abusivas de produtividade”, criticou.

Leia Também:  Comissão debate saúde da mulher durante climatério

Segurança
De acordo com a representante sindical dos trabalhadores do INSS em Rondônia, Kellen Günther, a segurança dos sistemas eletrônicos do órgão previdenciário é baixa e já existiriam casos de pessoas que tiveram seus perfis duplicados.

O deputado Jones Moura (PSD-RJ), que solicitou a audiência, concordou com a necessidade de se proteger o caráter público do trabalhador do INSS. “O servidor público é aquele que entende o ofício dele como patrimônio do povo e, por isso, toma conta desse patrimônio. Ele faz parte daqueles que protegem o sistema, inclusive os dados das pessoas”, apontou.

Ausências
A Comissão de Trabalho convidou o presidente do INSS, Guilherme Serrano, e o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Leonardo Sultani para a audiência, mas eles não compareceram.

Os servidores do INSS estão em greve há mais de 40 dias, reivindicando melhorias das condições de trabalho e reajuste salarial.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Marcelo Oliveira

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Projeto mantém garantia para empréstimos a micro e pequenas empresas

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  CCJ aprova emendas do Senado a projeto que incentiva produção de café de qualidade

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA