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Veterano da reforma tributária, Hauly diz que PEC cria sistema eficiente e liberal; acompanhe

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POLITÍCA NACIONAL

O deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), que é especialista em reforma tributária, afirmou que o texto em análise pela Câmara dos Deputados vai criar um sistema eficiente e liberal. Ele foi relator de uma proposta discutida em outra legislatura e ocupou a presidência da sessão do Plenário durante o início da discussão do tema nesta sexta-feira (15).

Hauly ressaltou que estuda o sistema tributário há mais de 36 anos e sempre defendeu o modelo de imposto unificado por valor agregado, como propõe o sistema na unificação dos tributos atuais na Contribuição sobre Bens e Serviços e o Imposto Seletivo (CBS e IBS).

Ele explicou que o modelo do imposto de valor agregado (IVA) adotado pela proposta é utilizado por 174 países. “Ele soluciona os problemas das disputas sobre base do consumo. Quem está contra a reforma tributária não tem ideia do sistema ou faz parte do imbróglio tributário”, avaliou.

Hauly lembrou que o sistema atual gera disputas judiciais e administrativas de cerca de R$ 7 trilhões. O novo sistema, segundo ele, é mais claro e eficiente.

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“O modelo tributário ora proposto cria um IVA com cobrança automática e geração de créditos financeiros compensados automaticamente como se fosse um sistema bancário. Além disso, a partilha será automática”, destacou.

Complexidade
Já o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) afirmou que a maioria das críticas à reforma tributária são baseadas na falta de informação por se tratar de uma discussão complexa. Ele afirmou que o texto não é perfeito, mas é “infinitamente melhor” do que o sistema atual.

“Esta é a maior discussão desta Casa para ajudar o Brasil a crescer e gerar empregos desde a Constituinte. Por isso, é preciso ter responsabilidade com o País”, disse.

Lippi afirmou que todos os setores foram contemplados com a reforma: agronegócio, serviços, entre outros.

O deputado Silvio Antonio (PL-MA), no entanto, afirmou que a oposição não é contra a reforma tributária, mas tem divergência com pontos do texto. “Existe um excesso de setores em regime diferenciado”, criticou. Para ele, não haverá diminuição de impostos.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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