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Polícia indicia criminosos que torturaram e mataram homem em plantação de soja

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A Polícia Civil concluiu nesta semana o inquérito sobre uma morte e outra tentativa, ambas em Primavera do Leste (220 km de Cuiabá). Foram indiciados os dois autores pelos crimes de sequestro e cárcere privado, tortura, homicídio qualificado e organização criminosa. Jefferson Aparecido Braz, de 34 anos, foi morto por ser de uma facção criminosa rival. Seu colega conseguiu fugir e sobreviver.

Conforme a investigação conduzida pelo delegado Allan Vitor Sousa da Mata, da Divisão de Homicídios de Primavera do Leste, as duas vítimas, de 30 e 34 anos, foram abordadas na noite do dia 06 de dezembro, próximo a um posto de combustível, agredidas, torturadas e depois colocadas desacordadas no porta-malas de um veículo.

Em seguida, foram levadas até a zona rural para serem executadas. No trajeto, uma das vítimas conseguiu quebrar o vidro do porta-malas e pular do veículo em movimento, seguida pela outra vítima. Ambos tomaram direções diferentes para tentar se esconder dos criminosos em meio à plantação de soja de uma propriedade.

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A vítima de 30 anos procurou socorro em uma fazenda e quando a Polícia Militar chegou ao local, a encontrou com diversos ferimentos pelo corpo.

A investigação apurou que os suspeitos foram até a sede da fazenda procurando pelas duas vítimas e em seguida foram ouvidos disparos de arma de fogo, perto da entrada da propriedade.

A equipe da Delegacia de Primavera do Leste foi acionada na fazenda e durante as buscas foi localizado o corpo de Jefferson no meio da plantação de soja.

A Polícia Civil apurou ainda que o crime teria como motivação uma rixa entre facções criminosas. As vítimas vieram de São Paulo e estavam a trabalho em Primavera do Leste.

Conforme o laudo pericial, Jefferson sofreu estrangulamento e o corpo foi encontrado com os pés amarrados.

Prisões

No decorrer da apuração sobre o homicídio, em 17 de dezembro, a equipe da Delegacia de Primavera do Leste chegou a um assentamento do município e localizou nos fundos de uma residência, o veículo usado no crime, um Gol VW. O dono do veículo, de 23 anos, alegou que o escondeu porque não estava funcionando, o que aparentou o contrário.

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O veículo tinha machas de sangue, que foram comprovados na perícia como vestígios de sangue humano, compatíveis com lesões. Na casa, os investigadores encontraram também roupas com manchas de sangue e um aparelho celular de uma das vítimas, além de outros produtos de origem criminosa.

Os dois suspeitos, de 21 e 23 anos, foram detidos em flagrante por posse ilegal de munição e receptação. Diante dos elementos coletados que os ligavam aos homicídios foi realizada a representação pela prisão temporária de ambos, cumprida em 24 de dezembro.

Com a conclusão do inquérito, o delegado Allan Vitor representou pela prisão preventiva da dupla à Justiça, que foi deferida. A investigação contou com apoio da Delegacia Regional e da Delegacia de Roubos e Furtos de Primavera do Leste.

FONTE/ REPOST: FABIANA MENDES- OLHAR DIRETO 
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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