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Relação tinha consentimento dos jovens, ameniza padre, que continuará preso

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Durante o trajeto à delegacia, o padre Nelson Koch, de 54 anos, teria dito a policiais civis, informalmente, que tinha o consentimento dos dois adolescentes para manter relação sexual com eles, segundo afirma o delegado Sérgio Ribeiro, titular Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de (Dedmcai).

Após ser preso e passar por audiência de custódia, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos manteve a prisão preventiva do padre. O processo segue em segredo de Justiça.

O padre foi pego em um sítio de Sinop (a 500 km de Cuiabá), onde atuava como pároco da Paróquia São Cristóvão no município, na manhã desta quinta (17).

Em entrevista à imprensa depois da prisão, o delegado Sérgio aponta que o padre se mostrou arrependido no momento da prisão, chorou muito e disse que ia deixar de ser padre por conta dos fatos, além de alegar que queria preservar a igreja.

“O padre lamentou. Ele diz que tudo que foi consentido, que todos os relacionamentos que ele teve com esses adolescentes teriam sido consentidos”, disse aos jornalistas.

As investigações apontam que Nelson Koch é suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes por até mais de sete anos.

O delegado disse que, durante o depoimento das vítimas, o padre começava passando a mão nas nádegas dos adolescentes, depois nos órgãos genitais deles e eram levados a ter relação sexual com ele.

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De acordo com o adjunto da DEDMCAI que conduziu a investigação, o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, a mãe de uma vítima procurou o plantão da Polícia Civil e declarou que seu filho, de 15 anos, trabalha desde o ano passado na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.

Mãe e filho foram ouvidos e, em depoimento especial, conforme prevê a legislação, o adolescente confirmou os abusos sexuais e descreveu que o investigado cometeu os supostos atos criminosos quando o menor de idade tinha 7, 13 e 15 anos.

Ameaças: influência

Outro adolescente, de 17 anos, também ouvido pela Polícia Civil, confirmou que o religioso teria, nos últimos três anos, sem a sua anuência, praticado ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia, caracterizando o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal.

Pablo destaca que em uma das oitivas, uma das vítimas informou que o religioso, mesmo de forma velada, o ameaçou dizendo que é uma pessoa de influência.

“Desta forma, acreditamos que a segregação da liberdade do suspeito irá encorajar outras eventuais vítimas que ainda não tiveram coragem de denunciar”, pontou Pablo Carneiro.

Uma dessas duas vítimas conseguiu filmar a ação do padre. “Ele colocou o celular para gravar e gravou o padre levando ele para um banheiro dentro do quarto paroquial”, disse o delegado Sérgio.

Após as denúncias e com o vídeo e depoimento das vítimas e testemunhas, Sérgio e Pablo pediram a prisão preventiva, que tiveram o parecer favorável do Ministério Público. A Justiça também acatou o pedido, que resultou no cumprimento do mandado nesta quinta (17). Além da prisão, foi determinado a apreensão do celular do padre.

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O delegado Sérgio aponta que a apreensão do celular do padre Nelson servirá para verificar ocorrência de material de pornografia infantil, mas, após pegar o aparelho, notou que o sacerdote pode ter apagado todas as informações (resetado) recentemente.

A autoridade pede que outras possíveis vítimas busquem a delegacia para fazer a denúncia contra o padre. “As pessoas que foram abusadas por esse cidadão, seja na igreja, seja na residência particular dele, que se apresente. É necessário ter a punição mais severa para esses casos. Essas pessoas têm direito de ver a punição do agressor”, diz.

Outro lado

Por meio de nota, a Diocese do Sagrado Coração de Jesus de Sinop, informou que o sacerdote, tendo conhecimento da denúncia,  ficou “muito triste” e disse não ter interesse em constranger a igreja e o bispo. Por isso, ele entregou o cargo e os trabalhos oficiais.

A Diocese ainda informou que ofereceu apoio espiritual e solidariedade aos envolvidos neste caso. Frisou que recebeu oficialmente a denúncia na segunda (14), às 11h30. Pontuou ainda que ao padre Nelson ofereceu acolhida, solidariedade e apoio para estar à disposição dos encaminhamentos necessários do fato.

FONTE/ REPOST: ALLAN PEREIRA – RD NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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