SAÚDE
Cermac realizou 4,3 mil atendimentos voltados ao diagnóstico e tratamento da hanseníase em MT
SAÚDE
Unidade de saúde gerida pela SES-MT é referência no atendimento dos casos complexos da doença no Estado
O Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, em 2023, um total de 4.320 atendimentos voltados ao diagnóstico e tratamento da hanseníase em Mato Grosso. A unidade atende os casos mais complexos da doença no estado.
“Trabalhamos o enfrentamento da hanseníase desde o início da gestão. Investimentos na capacitação de mais de 3.203 profissionais da saúde para um diagnóstico ágil e eficiente. Investimos também na nossa referência para a alta complexidade da doença, que é o Cermac. A unidade vai ganhar uma nova sede muito mais ampla e moderna, que deve ser entregue este ano. O valor total da obra é de R$ 29,2 milhões”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Do total de 4.320 atendimentos, 3.108 foram realizados pela equipe multiprofissional da unidade, que conta com assistente social, enfermagem, farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista, psicologia, terapeuta ocupacional. Outros 996 atendimentos foram realizados pelos médicos especializados em hanseníase e 216 atendimentos são voltados a exames e entrega de palmilhas.
O secretário adjunto de Unidades Especializadas da SES, Luiz Antônio Ferreira, aproveita o Dia Mundial Contra a Hanseníase e Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, celebrados neste domingo (28.01) e na terça-feira (30.01), respectivamente, para reforçar a importância do trabalho do Cermac no enfrentamento da doença.
“Contamos com uma equipe multidisciplinar qualificada para o combate a hanseníase. O Cermac é referência para os 141 municípios de Mato Grosso não só no atendimento dos casos complexos, mas também na capacitação dos profissionais da saúde municipal, responsáveis pelos primeiros atendimentos dos pacientes”, lembra o gestor.
Conforme a diretora do Cermac, Jocineide Santos, inicialmente, as Unidades Básicas de Saúde são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da hanseníase. Os pacientes com quadro avançada, recidivas, sequelas graves, intolerância aos medicamentos, reações, deformidades e outras situações graves que exigem acompanhamento com especialista hansenólogo e equipe multiprofissional são atendidos no Cermac.
“Atendemos 478 pacientes. Contamos com hasenólogo e dermatologista no atendimento. Estamos empenhados em dar suporte aos pacientes com quadro da hanseníase mais agravado. Atuamos com eficiência para um resultado rápido e de qualidade ao usuário dos nossos serviços”, pontua Jocineide.
Capacitação
Dos 3.203 profissionais capacitados em hanseníase pela SES-MT, 453 foram qualificados pelo Cermac em 10 municípios do Estado, sendo eles Sinop, Nova Mutum, Sorriso, Peixoto de Azevedo, Alta Floresta, Barra do Garças, Poconé, Colíder, Rondonópolis e Cáceres. Além dos cursos, a unidade realizou nas cidades atendimentos a 226 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação foi realizada por meio do projeto Ir para Incluir.
As outras 2.750 capacitações foram realizadas por outras equipes da SES, como do setor de Vigilância em Saúde.
A doença
Conforme a médica hansenóloga do Cermac, Andréia Tomborelli, a hanseníase é uma doença milenar, infecciosa, causada por uma bactéria, e ainda muito prevalente no Brasil, mas tem cura.
Os sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica ao calor e frio, ao tato e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
“Os sintomas de dores nos nervos, nas articulações, câimbras, formigamentos, redução da força dos membros devem levantar a suspeita da doença, mesmo que não seja visível manchas de pele. Quanto mais tardio o diagnóstico maior o risco da lesão nos nervos e articulações serem definitivas e deixarem sequelas graves”, alerta a especialista.
Andréia reforça ainda que o paciente que verificar algum destes sintomas deve procurar unidade de saúde mais próxima da sua residência para que seja submetido a um exame clínico minucioso. O melhor exame, segundo a médica, é o exame médico. Outros exames laboratoriais podem ajudar no diagnóstico, porém, a especialista explica que a avaliação clínica é a mais importante.
A transmissão da enfermidade ocorre por meio da respiração, no entanto, necessita do convívio frequente e contínuo com uma pessoa doente e sem tratamento ser infectado. “Quando o indivíduo é infectado pela bactéria ela pode levar de dois a cinco anos, ou até mais de 10 anos para desenvolver a forma ativa da doença. Hanseníase é complexa, de evolução lenta, que leva meses a anos para se desenvolver. Por isso, ao menor sinal de sintoma, o paciente deve procurar um médico”, orienta a médica.

Fortalecimento da Rede
Mato Grosso detém as maiores taxas de detecção de hanseníase do país e, por esse motivo, é reconhecido como hiperendêmico. No estado foram diagnosticados 2.507 casos de hanseníase em 2020; 2.106 em 2021; 2.375 em 2022 e dados parciais de 2023 apontam para 4.212 casos.
Além dos repasses financeiros convencionais que a SES realiza para manutenção dos serviços da Atenção Primária à Saúde dos municípios, o órgão estadual ainda transfere mensalmente o valor de R$ 10 mil para cada um dos municípios de Alta Floresta, Barra do Garças, Juara, Juína, Tangará da Serra e Várzea Grande manterem os Ambulatórios de Atenção Especializada Regionalizados (AAER), que dão suporte aos serviços voltados ao tratamento da hanseníase.
A SES, por meio da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), já formou 20 médicos especialistas em hansenologia.
Neste ano, outros 20 médicos devem concluir a especialização ofertada pela Escola. A ESP-MT trabalha para formar um total de 200 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros, para o atendimento especializado e multidisciplinar da hanseníase.


MATO GROSSO
Prefeito determina atendimento a mais de 10 mil pacientes sem agendamento nas UBSs
Segundo um levantamento feito pela Superintendência da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), desde o dia 7 de janeiro, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município já realizaram 10.002 atendimentos espontâneos, após a implementação da portaria assinada pelo prefeito de Cuiabá Abilio Brunini. A medida autoriza o primeiro atendimento sem necessidade de agendamento prévio, garantindo rapidez e eficiência na atenção primária sem comprometer os atendimentos previamente agendados.
O prefeito Abilio Brunini visitou algumas unidades para verificar de perto se os atendimentos das consultas não agendadas estão sendo realizados. “Quero dizer para vocês que os postos estão atendendo, sim, às demandas espontâneas. Estou verificando unidade por unidade para garantir que esse atendimento seja, de fato, disponibilizado para a população.”
De acordo com a secretária municipal de saúde, Lucia Helena Barboza Sampaio, a iniciativa busca reduzir a sobrecarga das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), reservando-as para casos mais graves. “Nossa proposta é garantir agilidade na atenção primária, dispensando assim que as UPAs sejam procuradas por motivos mínimos”, destacou a secretária.
Como funciona o atendimento espontâneo?
O atendimento espontâneo é destinado a situações não programadas, como urgências, emergências, orientações ou até mesmo para agendamento de consultas. A prática é realizada em Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) e envolve:
- Chegada do paciente à unidade de saúde.
- Avaliação inicial realizada por um enfermeiro.
- Encaminhamento para consulta médica imediata ou, caso necessário, agendamento para outro momento.
- Atendimento médico ou outro serviço indicado.
Esse modelo de acolhimento permite priorizar os atendimentos conforme o grau de risco ou vulnerabilidade do paciente.
Período crítico e combate a doenças sazonais
A portaria ganha ainda mais relevância em um momento no qual há um aumento expressivo de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. A intensificação das chuvas favorece a proliferação do Aedes aegypti, principal vetor dessas arboviroses. Com isso, garantir um fluxo ágil de atendimento nas UBSs ajuda a identificar e tratar precocemente os casos, desafogando as UPAs e reforçando o sistema de saúde municipal.
A medida já apresenta resultados significativos, mostrando o compromisso da administração em otimizar os serviços de saúde e atender com eficiência a população.
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