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8 de Março: Judiciário semeia paz ao garantir direitos de mulheres vítimas de violências
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Os desafios diários de Raquel não são diferentes dos enfrentados por tantas outras mulheres no Brasil, que muitas vezes são desvalorizados e considerados menores pela sociedade. Para ela, independentemente do cargo que ocupe na sociedade, todo papel feminino deve ser motivo de orgulho neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.
A data ganha contornos especiais para Raquel, que recorreu ao Poder Judiciário de Mato Grosso para que seus direitos como mulher fossem respeitados. Em 2018, ela foi vítima de uma tentativa de feminicídio, sobreviveu, recomeçou a vida, e mesmo assim, o ex-companheiro a ameaçava.
Raquel relata que vivia em um relacionamento abusivo que começou com pressão psicológica e evoluiu para agressão física. Em 19 de maio de 2018, seu então companheiro a atacou com seis facadas no pescoço e na mão.
Recomeçar não foi fácil, mas Raquel sabia que precisava se reerguer por causa de seu filho. “Eu tive que começar do zero. Meu filho ficou com meus pais, e eu fui procurar emprego em uma agência. Comecei fazendo diárias lá mesmo e, depois, comecei a fazer eventos. Com o tempo, percebi que não estava bem psicologicamente, porque sofri um grande abalo emocional. Busquei ajuda de um psiquiatra, de um psicólogo, fiz terapia e, aos poucos, fui me levantando”, relembra. “Eu precisava ser forte para criar meu filho. Eu tinha que equilibrar minhas emoções, me estruturar e ficar bem para transmitir isso a ele. E eu consegui”, comemora.
A virada de chave para Raquel só ocorreu depois de receber alta dos profissionais que a atenderam. “Primeiro, me recuperei, cuidei da minha saúde e só então procurei pelos meus direitos”, afirma. “Após a separação, eu bloqueei todo mundo das redes sociais. Mas um dia, encontrei um primo que não via há cerca de 25 anos. Tiramos uma foto e ele postou nas redes sociais. Meu ex-companheiro viu e voltou a me ameaçar. Então, eu disse: agora chega! Não dava mais para continuar assim”, relembra.
“Fui até a Defensoria Pública e entrei com um pedido de Medida Protetiva na Vara de Violência Doméstica. Quem assumiu o meu caso foi a juíza Ana Graziela”, conta Raquel. “Consegui garantir a medida protetiva, a guarda unilateral do meu filho – ele só passa as férias com o pai – e as pensões alimentícias para mim e para o meu filho”, completa.

Hoje, Raquel sabe que não está só e que pode contar com o Judiciário para seguir com sua rotina de mãe e mulher trabalhadora. “Com a medida protetiva me senti mais segura. Eu sei que tem pessoas ao meu lado, caso ocorra qualquer intercorrência, posso acionar a polícia e serei atendida”.
Atualmente, Raquel está em um novo relacionamento, emagreceu sete quilos e está se qualificando para se tornar terapeuta e ajudar outras mulheres a alcançarem seus objetivos. “Muitas mulheres que passam por relacionamentos abusivos acham que não têm mais vida, mas eu digo: existe vida após a violência doméstica, basta acreditar”, incentiva Raquel. “Não aceite nada menos do que você merece. Existe a Lei e o Poder Judiciário. Vá atrás dos seus direitos e seja feliz, porque nós mulheres nascemos para ser felizes”.
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
Descrição das imagens: Imagem 1 – Foto retangular colorida mãe e filho estão sentados em um sofá e ela aponta a página de um livro para ele.
Imagem 2 – Foto retangular colorida da presidente do TJMT sorrindo. Ela usa blusa preta e terno branco.
Alcione dos Anjos/ TV.jus
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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VÍDEO: Segundo a Guarda Municipal, enquanto passava mal, a vítima estacionou o carro, mas permaneceu com o pé no acelerador, que fez com que o veículo pegasse fogo.
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