MATO GROSSO
Criança de 2 anos que veio a óbito era estuprada semanalmente pelo tio
MATO GROSSO
Uma criança de 2 anos e 7 meses morreu na última segunda-feira (08), vítima de maus-tratos e abuso. A criança enquanto morava com os pais adotivos – que por sinal eram tios – era violentada semanalmente pelo tio de sangue.
Além da criança sofrer as agressões físicas com corda de curral, ela também era privada de comer dentro da própria casa. Maria Vitória ficou internada no Pronto-Socorro de Várzea Grande durante quatro dias em estado gravíssimo, ela também foi entubada com suspeita de morte encefálica e não resistiu e veio a óbito.
Com as acusações feitas, a própria suspeita confessou que os abusos aconteciam duas vezes por semana e que a criança gritava de dor dizendo “NÃO, NÃO, DOI, DOI”.
Segundo a “tia”, eles não queriam ficar com a criança dentro de casa, porém a sogra não queria que a pequena fosse para um abrigo. “A menina não é minha filha, não é do meu sangue e nem parente, aceitei mais porque é sangue do meu marido”, disse ela.
No celular da suspeita também foi encontrado vídeos da criança tendo que desfilar nua e rebolando para satisfazer o tio. Também foi percebido que o anus da criança sangrava toda semana, manchando a própria frauda de sangue.
Dando continuidade no depoimento, a suspeita confessou que tentou contar sobre o que ocorria dentro da casa, mas que o marido teria informado ela e ameaçado de morte. Também disse que está casada a 17 anos com ele, que chegou a engravidar no ano passado, mas que no oitavo mês perdeu a criança.
Os suspeitos seguem presos. Já nas redes sociais a população comovida com a grave situação deixou clara todas opiniões em busca de justiça. “Maria Vitória Merece Justiça. Essa luta é de todos nós”. “Espancada, abusada e morta por quem deveria protegê-la, ama-la e educa-la”.
MATO GROSSO
Setor agropecuário apoia veto ao PLC 18/24
Aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, o PLC 18/24 vem causando um grande debate na sociedade em virtude de uma potencial autorização de abertura de áreas que ele poderia vir a promover, caso sancionado. Como a proposta legislativa atua diretamente nos trabalhos do setor agropecuário, de pronto criou-se a equivocada ideia de que a proposta tenha sido oriunda dos produtores rurais.
Há, por isso mesmo, a necessidade de se lançar algumas luzes sobre o tema. Inicialmente, é preciso dizer que, de fato, há muito tempo o setor agropecuário vem solicitando normas mais claras e justas no que diz respeito ao tipo de vegetação. Os critérios atuais deixam mais margens para dúvidas que para certezas, e isso gera insegurança jurídica para o produtor e para o corpo técnico da Secretaria de Meio Ambiente. Assim, é imperioso que se tenham normas mais claras.
Desta forma, quando a Assembleia Legislativa resolveu fazer os estudos para que se criasse um substitutivo integral ao projeto original, de autoria do Governo, e enfrentar esse problema, para o setor foi, sim, uma medida de interesse. É de suma importância que o assunto seja discutido, de fato, e a Casa de Leis é o local primordial para o debate acontecer.
O setor agropecuário reconhece todo o trabalho realizado pelo Deputado Nininho e de seu esforço no sentido de buscar regras mais claras, mas também reconhece que a redação final do projeto o tornou inexequível em termos ambientais, motivo pelo qual concordou plenamente com a sugestão de veto tratada em reunião com o governador do Estado. Aliás, não apenas o setor agropecuário concordou com a necessidade do veto, mas até mesmo o Deputado Nininho, autor do texto aprovado, juntamente com outros representantes da Assembleia Legislativa anuíram com ele.
É de suma importância ressaltar que o setor agropecuário tem muito interesse em participar da construção de normas que promovam o desenvolvimento sustentável de nosso Estado. Mas, repetimos, é fundamental que existam normas claras e que promovam segurança jurídica para os produtores e técnicos.
Por concordar com isso é que o governador Mauro Mendes determinou que seja criada uma comissão a ser coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, para que se estude uma redação que guarde respeito ao Código Florestal Nacional, inclusive com a decisão mais recente do STF sobre alguns dispositivos que estavam suspensos desde a publicação da lei, e que agora foram declarados constitucionais.
Ressaltamos a importância da ALMT em colocar esse tema em debate. A provocação foi feita. O Governo acertou em vetar e o setor agropecuário o apoia nesse veto. Agora é hora de a sociedade buscar entender, de fato, a questão e fazer o debate. E que seja um debate técnico, justo e que prime pela sustentabilidade aliada à produção.
Artigo de posicionamento sobre o veto do PLC 18/24 do Fórum Agro MT, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Organização das Cooperativas do Brasil – Mato Grosso (OCB/MT), Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).