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Antes de “delação”, ex-secretário defendeu contratos temporários em Cuiabá

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O ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Correia, defendeu as contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em 2018, antes de firmar acordo de delação premiada em 2020. Em resposta a um procedimento no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Huark afirmou que as contratações eram necessárias para manutenção dos serviços públicos.

No procedimento aberto no TCE, Huark foi responsabilizado pelos técnicos do órgão por realizar contratações temporárias sem processo seletivo simplificado e sem informar sobre as contratações para os órgãos de controle. O TCE apontou ainda que a SMS não realizou concurso público durante o período.

“Nesta seara, em que pese haver irregularidades na contratação temporária de pessoal por esta Secretaria, tudo isto torna-se superficial frente ao compromisso constitucional de promover um bom serviço de saúde aos municípes”, admitiu Huark ao encaminhar resposta ao TCE na qual garante que as contratações seriam essenciais para manter funcionando o atendimento às pessoas de classes mais baixas de Cuiabá e Mato Grosso.

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Estas irregularidades levaram ao afastamento o prefeito Emanuel Pinheiro(MDB) no âmbito da Operação Cupincha, deflagrada a partir de informações que existiam na delação de Huark, firmada dois anos depois do procedimento no TCE, que foi aberto em 2018. Na delação, o ex-secretário afirmou que o próprio prefeito solicitava as nomeações ao dizer que as nomeações de indicados de vereadores seriam um “canhão político” para a gestão.

No procedimento, o TCE determinou por fim que o prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, que substitui Huark, realizassem processo seletivo simplificado para as contratações temporárias.

FONTE: A Gazeta 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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