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Delegado indicia mulher por homicídio doloso de servidor da Prefeitura

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Uma jovem de 18 anos, moradora da cidade de Brasnorte (a 571 quilômetros de Cuiabá), foi indiciada por homicídio doloso pelo assassinato do servidor da Prefeitura de Cuiabá Rodolfo Silva da Costa, de 29 anos. 

O inquérito foi concluído na tarde de quarta-feira (17) e está sendo encaminhado ao Poder Judiciário. A prisão da jovem não foi solicitada pois, segundo o delegado Anderson Veiga – que coordenou as investigações-, não houve necessidade. 

“Desde o curso das investigações, ela colaborou e não se esquivou em momento algum. Por essa razão, entendemos que não houve essa necessidade até o presente momento”, explicou.  

Rodolfo morreu no dia 3 de setembro, após ficar três dias internado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) com traumatismo crânio-encefálico.

O crime ganhou notoriedade por, inicialmente, ter se pensado que a vítima teria sido espancada e abandonada na rua por criminosos. Com o decorrer das investigações, no entanto, conclui-se que a vítima se envolveu em uma briga com a jovem indiciada em uma tabacaria de Cuiabá. 

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Na ocasião, o estranhamento teve início dentro da tabacaria e acabou em uma briga corporal na rua, que causou a morte do servidor. 

Durante a briga foram trocados tapas, puxões de cabelo e arranhões. Em determinado momento, a jovem caiu por cima de Rodolfo e bateu a sua cabeça dele repetidas vezes no chão. 

Depois desse momento, ela saiu de cima da vítima, mas as investidas continuaram. Rodolfo teria corrido para longe dela, momento em que caiu no chão e não levantou mais. 

Do o início da briga, até o momento em que a vítima foi socorrida pelo (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) passaram-se aproximadamente seis horas. Quando foi encontrado, Rodolfo tinha formigas pelo corpo e apresentava as pupilas dilatadas, indicando lesão neurológica.

“Entendemos cabível o indiciamento por homicídio, porque em determinado momento da briga, enquanto ela o dominava, ela mesma confessou que bateu com a cabeça dele ao solo de várias formas”, explicou. 

Rodolfo tinha duas lesões na cabeça, uma provocada possivelmente pela queda, pois várias testemunhas alegaram ouvir um barulho forte quando ele caiu e, a outra, provocada durante a briga. 

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“Ainda que a intenção não fosse matar, ela assumiu o risco de produzir esse resultado. Entraria o tipo penal de homicídio doloso, com dolo eventual”, disse o delegado.

 

Abandonado pelo amigo

Outro ponto que chamou a atenção no caso foi o fato de Rodolfo ter sido abandonado por todos, inclusive pelo amigo do qual ele estava acompanhado na tabacaria.

Durante os depoimentos, todos alegaram terem pensado que se tratava apenas de um caso de embriaguez. 

O amigo de Rodolfo afirmou à polícia que pensou que ele estivesse dormindo, pois chegou a ouvir um ronco. O tal barulho poderia, na verdade, se tratar de uma dificuldade de respiração.

FONTE: LIZ BRUNETTO – MÍDIA NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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