MATO GROSSO
Sem cobertura vacinal, carnaval e réveillon aumentam riscos de contágio da Covid: ‘Pandemia não acabou’, diz virologista
MATO GROSSO
A confirmação de cinco casos positivos da variante ômicron no Brasil trouxe à tona diversas discussões entre os especialistas. A realização de eventos para comemorar a virada do ano e o carnaval é uma delas.
Para o virologista Maurício Nogueira, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a atual cobertura vacinal contra a Covid-19 é “razoável” para a realização festas individuais e pequenas.
Questionado sobre a ômicron, Maurício Nogueira afirma que, por enquanto, o que os especialistas sabem é que a nova variante tem um grande número de mutações, surgiu em algum lugar da África e possui uma capacidade muito grande se tornar predominante.
“O que nós não sabemos é se ela é mais transmissível. Parece que sim. Se ela escapa vacina? Não existe evidência nenhuma. Se ela causa casos mais grave? Também não tem evidência nenhuma. Então, calma. É apenas mais uma variante, por enquanto”, disse.
O virologista diz que a única “arma” que existe atualmente contra a Covid-19 é a vacina, e defende que a imunização precisa ser em nível coletivo.
“A pandemia está próxima do fim, mas ainda não acabou. Ela só vai acabar quando estivermos com toda nossa população no Brasil vacinada, e também no mundo. Se não vacinarmos África, Índia e outros lugares de muita população, novas variantes vão surgir a todo momento. A vacina é fundamental. Mesmo que a vacina não interrompa totalmente a transmissão, ela diminui casos graves, o que é mais importante”, disse.
Dos cinco casos confirmados da nova variante no Brasil, três foram detectados em São Paulo e dois em Brasília. Nenhuma morte provocada pela ômicron tinha sido registrada até a tarde de sexta-feira (3), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
FONTE/ REPOST: G1
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.