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EUA entregam resposta por escrito a demandas de segurança da Rússia

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Os Estados Unidos entregaram respostas por escrito nesta quarta-feira (26) às amplas exigências de segurança russas, um passo importante em meio a um frágil processo diplomático, enquanto a Rússia realiza novos exercícios militares em terra e no mar perto da Ucrânia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a resposta dos EUA foi entregue pessoalmente pelo embaixador norte-americano em Moscou, John Sullivan.

Washington deixou claro que as exigências russas para que a aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) retire tropas e armas da Europa Oriental e impeça a Ucrânia de se juntar a ela são inúteis. Os EUA dizem que estão prontos para discutir outros tópicos, como controle de armas e medidas de fortalecimento da confiança.

O fato de a Rússia estar preparada ou não para aceitar essa agenda limitada determinará a próxima fase da crise, que tem observado Moscou reunir cerca de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia ao mesmo tempo que nega planos de invasão.

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Em Paris, as negociações entre quatro países para tentar colocar fim a um conflito armado envolvendo separatistas no leste da Ucrânia se arrastavam por mais tempo do que o esperado. O conflito é parte de uma crise mais ampla entre Moscou e Kiev que elevou o risco de uma guerra em grande escala.

Moscou alertou mais cedo nesta quarta-feira que impor sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin não o prejudicará, mas será “politicamente destrutivo”, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que consideraria tal medida caso a Rússia invadisse a Ucrânia.

Biden disse na terça-feira (25) que sanções pessoais contra Putin, embora uma medida rara, podem ser consideradas como parte de um esforço conjunto de Washington e seus aliados para convencer Moscou de que qualquer nova agressão contra a Ucrânia trará custos rápidos e pesados.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os parlamentares norte-americanos que discutem sanções pessoais contra os principais líderes da Rússia ignoram o fato de que autoridades russas estão legalmente impedidas de manter contas bancárias, propriedades e ativos no exterior.

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Sanções individuais contra Putin “não seriam dolorosas, (mas) politicamente destrutivas”, disse Peskov, que já havia dito anteriormente que tais medidas significariam um rompimento das relações diplomáticas.

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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