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OAB-SE recebe propostas para regulamentação da Advocacia Dativa

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A seccional da OAB em Sergipe realizou audiência pública nesta quarta-feira (16) para debater uma proposta que vai regulamentar a atuação da Advocacia Dativa em todo o país. A reunião contou com enorme participação da advocacia local, além de juristas e especialistas que apresentaram ideias e sugestões para o debate sobre o tema.

Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deferiu um pedido de ingresso da OAB Nacional em um processo que trata da regulamentação da Advocacia Dativa. O tema afeta uma importante parcela da advocacia em todo o país. Após reunião do Colégio de Presidentes da Seccionais, ficou acertado que a OAB-SE ficará responsável por apresentar um texto ao CNJ com as contribuições de toda a advocacia brasileira.

O presidente da seccional sergipana, Danniel Costa, ressaltou que o objetivo da audiência pública foi buscar colaboração da classe e ouvir sugestões que trarão benefícios para toda a Advocacia Dativa. “A ideia é dar maior transparência nos processos, nas listas e no pagamento. Se os critérios são padronizados, isso traz mais segurança para a advocacia. É isso que buscamos para a nossa classe: que toda a advocacia seja tratada de forma isonômica, que todos tenham oportunidade”, disse.

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A audiência pública contou ainda com a participação de representantes do Tribunal de Justiça de Sergipe e da Procuradoria-Geral do Estado, que defenderam a importância de uma regulamentação sobre o tema. O presidente da OAB-SE reforçou que a Advocacia Dativa é fundamental para garantir a prestação de serviços aos jurisdicionados. “Advocacia Dativa é importante, pois viabiliza a atuação do Poder Judiciário em muitos aspectos. A Advocacia Dativa é uma realidade, que precisa ser controlada, porque é um serviço público que está sendo prestado. Precisamos de controle, de isonomia e de transparência”, afirmou o presidente da OAB-SE.

Os advogados presentes à audiência apresentaram diversas propostas, que serão avaliadas antes de serem levadas ao CNJ, como a criação de um portal da Advocacia Dativa para a publicação de editais, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão em listas, cumprimento das tabelas de honorários das seccionais, a possibilidade de pagamento por via administrativa, dentre outras sugestões. A OAB-SE disponibilizou um e-mail para que outras sugestões possam ser encaminhadas. O endereço é o “comissoes@oabsergipe.org.br”.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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