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Amiga relata que casal tinha “pacto de morte” em caso de traição

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A Justiça deu início, nesta segunda-feira (21), às audiências de instrução e julgamento da ação penal contra os acusados da morte do empresário Toni da Silva Flor.

O crime aconteceu em agosto de 2020 em frente a uma academia, em Cuiabá. Respondem pelo crime a viúva Ana Cláudia Flor, como suposta mandante, Igor Espinosa como suposto executor do crime, além de Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva como supostos auxiliares. 

Nesta tarde foram ouvidas as testemunhas de acusação do Ministério Público Estadual (MPE). Os depoimentos foram conduzidos pelo juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. 

Uma das testemunhas, Aldina Marcia Alez Herter, amiga de Ana Cláudia, afirmou que o casal tinha um “pacto de morte” em caso de traição.

“A Ana falou que se ele [Toni] traísse ela, ela poderia matá-lo. E, se ela traísse, ele também poderia matá-la. Ela me falou isso antes do ocorrido [assassinato] e depois também”, afirmou a testemunha.

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Aldina contou que o casal tinha um relacionamento normal, com brigas e discussões. Revelou que chegou a presenciar algumas separações entre os dois, mas nunca nenhuma agressão.

Conforme ela, dias antes do homicídio, Toni teria contado ao marido dela suas intenções de se divorciar de Ana Cláudia. O motivo seria a de que ele havia conhecido outra mulher, com quem passou a manter um relacionamento extraconjugal. 

“Eu fiquei até brava por conta disso porque a Ana Cláudia era muito carinhosa com o Toni”, disse.

Ainda no depoimento, amiga disse que no dia do assassinato, Ana Cláudia comentou com ela no hospital que Toni iria sobreviver porque o atirador “era ruim de tiro”.

Tempo depois, segundo a testemunha, ela ficou sabendo que Ana Cláudia havia discutido com Igor Espinosa porque ele não acertou alguns disparos. 

Ainda no depoimento, a mulher contou que certa vez teria sido procurada por uma conhecida, que sabendo do seu envolvimento com eles, lhe confidenciou um segredo.

A conhecida disse que ouviu Igor Espinosa comentar numa festa que teria matado um lutador de jiu-jitsu, que, se soube depois, que seria Toni.

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Ele teria alegado, segundo a conhecida,  que que crime havia sido encomendado pela viúva da vítima, que apanhava com frequência. Na ocasião, Igor teria mostrado fotos de Ana Cláudia com hematomas e dito que aceitou o “serviço” sensibilizado com a situação da suspeita. 

A audiência foi suspensa por volta de 17h após a cair a energia da Penitenciária Central (PCE), onde alguns acusados estão presos.

Na ocasião, o juízo ouvia o delegado Marcel de Oliveira, da Delegacia de Homcídios e Proteção à Pessoa (DHPP),  que conduziu a investigação.

Ele será ouvido novamente na tarde de terça-feira (22).

A previsão é que as audiências durem até sexta-feira (25). 

FONTE/ REPOST: THAIZA ASSUNÇÃO- MÍDIA NEWS 

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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