MATO GROSSO
Sinop registra janeiro com mais mortes na série histórica e óbitos ‘violentos’ crescem, aponta Anoreg
MATO GROSSO
A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso apontou que os cartórios de registro civil em Sinop registraram recorde histórico de mortes em janeiro deste ano, sendo o mês mais mortal desde o início da série histórica em 2003. O aumento é 9,87% em comparação ao mesmo período de 2021, com 89 mortes, ante 81.
Ano passado, já havia sido registrado crescimento de 6,5% em relação a 2020, ainda antes do início da pandemia. As mortes por pneumonia passaram de cinco em janeiro de 2021 para seis neste ano (aumento de 20%). Em 2020, antes da pandemia, foram seis óbitos pela doença.
Os falecimentos por causas naturais – causados por doenças – cresceram 6,2%. Por causas violentas – em razão de homicídios, acidentes de veículos, suicídio, entre outras – aumentaram 300%. Na comparação entre janeiro de 2020 e 2021, houve queda de 95% nas mortes violentas.
Outro dado observado está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano na comparação com o primeiro mês do ano passado, sendo infarto (200%) e causas cardiovasculares inespecíficas (85,7%), enquanto as mortes por AVC não tiveram alteração em 2022. Também tiveram crescimento as mortes por septicemia (80%). Já os óbitos por Covid-19 tiveram redução de 67,5% no período.
“As estatísticas dos cartórios de registro civil mostram que, apesar ínfimo decréscimo no total de mortes em janeiro de 2022, comparado com o mesmo mês de 2021, doenças respiratórias como SRAG tiveram aumento expressivo. Os números alertam para que fiquemos atentos ao vírus da Covid-19 e suas variantes”, analisa a presidente da Anoreg, Velenice Dias.
O número de óbitos registrados nos meses de 2022 ainda pode aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento no portal da transparência.
Os dados constam no portal da transparência do registro civil, base administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil do país – presentes em todos os 5.570 municípios – e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Redação Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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