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Pedido de exoneração do ministro da Educação repercute entre deputados

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Situação orçamentária das Universidades Federais e dos Institutos Federais e sobre o Projeto de Lei Orçamentária para 2022. Ministro de Estado da Educação, Milton Ribeiro
Milton Ribeiro em audiência pública na Câmara

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou pedido de exoneração ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (28). Ele pede para deixar o cargo depois de vir à tona um suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do ministério. Ribeiro negou as acusações. A saída foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Pelas redes sociais, deputados comentaram a exoneração. Coordenador da Comissão Externa da Câmara para acompanhamento dos trabalhos do MEC, o deputado Felipe Rigoni (União-ES) disse que a queda de Milton Ribeiro é reflexo do abandono que a educação brasileira vem sofrendo. “Em menos de 4 anos, teremos a terceira mudança no comando do MEC. Enquanto a educação não for prioridade, o futuro de muitos jovens será comprometido. Chega de politicagem!”, destacou.

Rigoni lembra que a comissão externa denunciou “inúmeros descasos” da pasta. “Mais do que isso, como coordenador da comissão, apresentei diversos boletins com sugestões, mostrando os problemas e apontando soluções. Infelizmente, nada foi feito”. Rigoni espera que o próximo nome indicado para a Educação seja técnico.

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Relatora da comissão externa, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse que mais um ministro caiu “deixando um rastro de incompetência, corrupção e retrocessos no MEC”.

A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), defendeu que Milton Ribeiro responda por seus crimes. “É uma vitória para quem defende o Brasil e a educação pública. Ainda assim, sabemos que Bolsonaro sempre pode apresentar um nome ainda pior, temos que seguir a luta pela queda e enfraquecimento desse governo de criminosos”.

CPI
Há deputados que defendem ainda uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Jorge Solla (PT-BA) afirmou que trata-se de um escândalo de corrupção que merece uma CPI. “Milton Ribeiro cai pelo escândalo de corrupção na Educação. É criminoso, mas seguiu ordens de Bolsonaro para atender ilegalmente demandas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que pediam propina até em barras de ouro”, afirmou.

Coordenador da Frente Parlamentar Mista da Educação, o deputado Professor Israel (PV-DF) também é favorável à CPI. “Está na base do governo Bolsonaro enfraquecer as instituições e construir estruturas paralelas que acolham seus seguidores e deem espaços para seus esquemas. Foi assim na Saúde, com o Orçamento e, agora, na Educação”.

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Coragem
O deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP) agradeceu o que considerou um “gesto de coragem” do ministro, “ainda que tardio”. Mais cedo Feliciano havia publicado um apelo para que Milton Ribeiro se licenciasse da pasta. “Por nós, evangélicos, que estamos sendo triturados. Pelo presidente Jair Bolsonaro, que em um ano tão importante, está sendo arrastado para essa história estranha”, publicou em suas redes sociais. Feliciano também desejou “força” para que Ribeiro enfrente processo na Justiça.

Da Redação – GM

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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