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Câmara aprova regulamentação de produtos alimentícios artesanais de origem vegetal

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (29) proposta que considera produtos alimentícios artesanais de origem vegetal aqueles em cujo processo de fabricação são utilizadas matérias-primas predominantemente vegetais, prevendo a concessão de um selo distintivo. A matéria será enviada ao Senado.

O texto aprovado é um substitutivo da deputada Aline Sleutjes (União-PR) ao Projeto de Lei 5516/20, das deputadas Dra. Soraya Manato (União-ES) e Bia Kicis (União-DF).

Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Aline Sleutjes UNIÃO-PR
Aline Sleutjes incluiu dispositivo para prever condições diferenciadas ao agricultor familiar

Pela proposta aprovada, esses produtos devem ser feitos com matérias-primas produzidas na propriedade onde a unidade de processamento estiver localizada ou ter origem determinada.

Ainda de acordo com o substitutivo, o produto final deve ser individualizado, “genuíno, singular e manter características próprias, tradicionais, culturais ou regionais”, permitida a variabilidade sensorial entre os lotes de fabricação.

Já o processo produtivo deve adotar boas práticas agrícolas e de fabricação com o propósito de garantir a produção de alimento seguro ao consumidor.

Selo
Pela proposta, esses produtos, se atenderem aos critérios exigidos, poderão receber o selo distintivo “Arte”, válido em todo o território nacional. Os artigos alimentícios deverão contar com autorização dos órgãos de vigilância ou inspeção sanitária, que atuarão de forma prioritariamente orientadora.

Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Dra. Soraya Manato UNIÃO - ES
Dra. Soraya Manato: há interesse crescente do consumidor por produtos genuínos

As exigências e os procedimentos para o registro dos estabelecimentos e produtos dessa espécie deverão ser simplificados e adequados às finalidades do empreendimento.

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Caberá ao Executivo federal estabelecer os requisitos e procedimentos para a concessão do selo e seu cancelamento.

O poder público terá também de promover ações de capacitação para a adoção de boas práticas agrícolas, a fim de estimular a implantação de sistemas de produção sustentáveis. Deverá ainda assegurar a identidade, a qualidade e a integridade dos produtos artesanais oferecidos à população inocuidade alimentar.

Agricultor familiar
Ao analisar as emendas apresentadas em Plenário, a relatora acatou sugestão do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e incluiu dispositivo para prever, no regulamento do selo, condições diferenciadas destinadas ao agricultor familiar, sem prejuízo dos aspectos de sanidade.

As demais condições para a aplicação do selo deverão ser, no mínimo, equivalentes às normas vigentes para o selo “Arte” de produtos de origem animal.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Marcelo Oliveira

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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