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OAB e Ministério do Trabalho vão criar GT para agilizar atendimento da advocacia

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A OAB Nacional e o Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) se reuniram, nesta segunda-feira (4/4), para acertar a criação de um grupo de trabalho que vai debater a elaboração de ferramentas digitais para o atendimento prioritário da advocacia pelo INSS. Os representantes da advocacia foram recebidos pelo Ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, que estava acompanhado na reunião do presidente interino do INSS, Guilherme Serrano, e do procurador da autarquia, Virgílio Oliveira.

A delegação da Ordem contou com a participação do vice-presidente nacional, Rafael Horn, representando o presidente Beto Simonetti, do presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário (CEDP), Bruno Baptista, da conselheira federal e vice-presidente da CEDP, Gisele Kravchychyn (SC), e dos conselheiros estaduais Helena Paschoal Pitsica (SC) e Tiago Kidricki (RS).

Os dirigentes de Ordem e as autoridades do Governo Federal discutiram a parceria inédita que visa beneficiar a advocacia previdenciária em todo o país. A OAB e o INSS já têm um acordo para atendimento prioritário da advocacia nas agências, em função de uma ação civil pública, proposta pela OAB contra a autarquia, em razão das inúmeras reclamações de falhas nos atendimentos aos advogados.

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No entanto, o objetivo, agora, é ampliar esse atendimento prioritário por meio de ferramentas digitais que favoreçam o acolhimento das demandas da advocacia. “O ministério passará a atuar em parceria com a OAB para criar ferramentas  que possibilitem a melhoria do atendimento para toda a advocacia nacional. O atendimento prioritário já vem sendo desenvolvido nos últimos meses, mas nós pretendemos, por meio desse grupo de trabalho inédito, melhorar o atendimento da advocacia pelo INSS”, disse Rafael Horn.

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, ressaltou que o objetivo da medida é fomentar um acordo de cooperação que atenda de forma uniforme os advogados brasileiros. “Agradeço a OAB e quero que todos os advogados saibam que o INSS e o Ministério do Trabalho e Previdência têm na OAB uma parceira, que nós queremos levar e compartilhar todos os feitos aqui do ministério. Com relação à parceria, vamos criar, sim, o grupo de trabalho e montar um acordo de cooperação que seja uniforme, para que todas as regiões sejam atendidas da mesma forma. Podem ter certeza que nós seremos parceiros de vocês”, enfatizou o ministro.

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O presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário, Bruno Baptista, ressaltou que a medida trará benefícios para o atendimento de todos os segurados do INSS. “Saímos daqui com a convicção de que teremos muitos avanços, principalmente no aspecto do atendimento à advocacia, que, em última análise, representa o atendimento ao segurado do INSS. Tenho certeza que avançaremos bastante nesse aspecto, com benefício para toda a sociedade”, avaliou.

Já a conselheira federal Gisele Kravchychyn (SC), vice-presidente da CEDP, disse que o colegiado agora vai reunir os pleitos da advocacia para encaminhar as mudanças necessárias para um melhor atendimento dos advogados e das advogadas em todo o país. “Nosso trabalho agora é trazer os pleitos da advocacia previdenciária, para que a gente possa conseguir os avanços que precisamos para que, cada vez mais, seja prestado um bom serviço aos cidadãos, e com isso teremos ainda o fortalecimento das prerrogativas da advocacia”, celebrou.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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