MUNDO
Navio russo Moskva é gravemente danificado
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Um navio russo, no Mar Negro, ficou “gravemente danificado”, e sua tripulação foi retirada após explosão a bordo, informou Moscou nesta quinta-feira (14). A Ucrânia garante que a explosão foi causada por um ataque de míssil em resposta à invasão russa, iniciada há 50 dias.
O navio Moskva é o mesmo que, no início da guerra, surgiu em vídeo que viralizou na internet, onde se ouviam guardas fronteiriços ucranianos, numa pequena ilha do Mar Negro, respondendo a militares russos que exigiram sua rendição.
Agora, a destruição do navio, da era soviética, poderá representar golpe profundo nas forças militares russas, no 50º dia de guerra, no momento em que Moscou parece preparar novo ataque na região do Donbass, a Leste da Ucrânia.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, um incêndio a bordo do navio, de 186 metros de comprimento, provocou a explosão de munições. Não foi, porém, informada a causa do incêndio.
“O fogo no navio Moskva está sob controle. Não há chamas visíveis. As munições não estão mais explodindo”, disse o ministério em comunicado. “O navio continua a flutuar, e o principal arsenal de mísseis não foi danificado”.
Segundo Moscou, “a tripulação foi retirada para outros navios da frota no Mar Negro e medidas estão sendo tomadas para levar a embarcação até o porto”. “As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas”, acrescentou.
Por sua vez, a Ucrânia garante ter lançado com sucesso um ataque de míssil sobre o Moskva. “Dois mísseis ucranianos Neptune [antinavios] causaram graves danos enquanto guardavam o Mar Negro”, anunciou o ucraniano Maksym Marchenko, governador da região no Porto de Odessa, na costa do Mar Negro.
“Parece que o Moskva foi exatamente para o sítio onde os nossos guardas fronteiriços, na Ilha das Serpentes, o mandaram”, ironizou Marchenko.
O conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych disse ter “acontecido uma surpresa” com o navio russo. “Ardeu fortemente. Agora mesmo. E, com esse mar agitado, não se sabe se irão receber alguma ajuda”, declarou pouco depois da explosão.
O ataque aconteceu depois de a Marinha russa ter lançado vários mísseis de cruzeiro na Ucrânia.
A Rússia, cujas operações no Mar Negro são cruciais para o apoio às operações terrestres no país vizinho – onde continua a batalhar para assumir o controle total da cidade portuária de Mariupol -, disse que mais de mil fuzileiros ucranianos se renderam.
Caso Mariupol consiga ser tomada, será a primeira grande cidade ucraniana a cair nas mãos das forças russas, desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.
*É probida a reprodução deste conteúdo.


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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