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Projeto limita desenvolvimento energético a recursos do Orçamento

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POLITÍCA NACIONAL

Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Deputado Paulo Ganime discursa no plenário
Para Ganime, o modelo atual encarece artificialmente o preço de energia

O Projeto de Lei 4012/21, do deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), limita os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) a provisões estabelecidas na Lei Orçamentária Anual (LOA). O fundo setorial, que tem a finalidade de prover recursos para o desenvolvimento energético do País, atualmente é financiado por tarifas de energia elétrica, pagamentos pelo uso de bem público, multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quotas em contratos de concessão de energia e pelo excedente econômico resultante da revisão das finanças da hidrelétrica de Itaipu.

Paulo Ganime argumenta que o modelo atual encarece artificialmente o preço da energia e prejudica a competitividade de produtos e serviços que ficam relativamente mais caros. “Esse modelo está esgotado”, lamenta. Além disso, o autor do projeto reclama da destinação dos recursos para pagar subsídios definidos pela Aneel, e não pelo Congresso. “Em 2020, a CDE custou quase R$ 22 bilhões. Em 2021, a previsão era R$ 24 bilhões. Funciona dessa maneira todos os anos.”

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O deputado espera que a obrigatoriedade de aprovação de recursos por lei orçamentária torne a conta de energia mais barata para a população. “Nessa condição, deverão ser aprovados ano a ano pelo Congresso Nacional, serão transparentes para a sociedade e respeitarão o teto de gastos”, espera. “Com foco no consumidor, valorizaremos corretamente a nossa vantagem energética em prol da energia competitiva, com reflexos relevantes para melhorar a competitividade de todos os setores econômicos, a geração de emprego e a atração de investimentos.”

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Wilson Silveira

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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