POLITÍCA NACIONAL
Vela brasileira precisa de mais apoio financeiro, afirmam treinadores e atletas
POLITÍCA NACIONAL

A necessidade de apoio financeiro que permita, além do patrocínio aos atletas, a criação de uma indústria náutica no País é a principal demanda de dirigentes, treinadores e praticantes de vela. Eles participaram de audiência pública da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, que realizou uma série de debates sobre o Ciclo Olímpico Paris 2024.
O presidente da Confederação Brasileira de Vela, Marco Aurélio Ribeiro, lembrou que a modalidade tem tido resultados olímpicos expressivos desde 1972, há 50 anos. O esportista Lars Grael acrescentou: foram 19 medalhas, sendo 8 de ouro.
Ribeiro enumerou as dificuldades dos velejadores para este ciclo olímpico, que é mais curto por conta da pandemia da Covid-19. Boa parte dos atletas deixou de treinar por causa do isolamento social, e o dirigente aponta que é preciso colocá-los em competições internacionais em 2023.
Ele salientou que o suporte financeiro seria facilitado se a modalidade tivesse, por exemplo, o apoio de uma empresa estatal brasileira. E admitiu que a vela não é um esporte barato, embora outros precisem de muito investimento.
“E não é nem isso: os nossos concorrentes investem muito. Porque, se houvesse um fair play financeiro, não teria problema. O problema é que é uma verdadeira corrida armamentista. Para você ter uma ideia, o orçamento da equipe inglesa é de 32 milhões de libras. O nosso orçamento anual da CBVela, para tudo, não só para a equipe olímpica, é de 1 milhão de libras”, comparou.
Marco Aurelio Ribeiro reivindicou também a desoneração da importação de equipamentos. Lars Grael afirmou que já houve uma lei que regulava a importação de material sem similar no país.

“Foi uma luta que eu tive quando fui secretário nacional de Esportes há 20 anos. Isso foi aprovado na época, em 2001, e em 2015, por um descuido, a lei não foi renovada e nós perdemos esse incentivo”, lamenta. “Muitas vezes, o apoio que a confederação recebe vem de recursos públicos. O mesmo Estado que dá o dinheiro tira por meio do Imposto de Importação. Então, é um mecanismo que precisa ser resgatado.”
O medalhista olímpico foi um dos que lamentaram que a vela ainda tenha uma imagem de esporte de elite. No debate, foi lembrado que existem 150 projetos sociais espalhados pelo país ligados à modalidade.
Lars Grael salientou a importância do apoio da Marinha ao esporte e afirmou que é preciso criar uma cultura náutica no país. O irmão dele, Torben Grael, também campeão olímpico, lembrou a importância do investimento nas categorias de base e do apoio aos clubes menores.

A atleta Isabel Swan, medalha de bronze nos jogos de Pequim, em 2008, acrescentou a necessidade de acesso a marinas públicas e a equipamentos de qualidade. Ela enfatizou que a modalidade está cada vez mais igualitária em termos de gênero e que, em Paris 2024, pela primeira vez, haverá o mesmo número de competidores homens e mulheres.
“A gente precisa de mais espaço para atuar em outras esferas, em conselhos, nas tomadas de decisão. Eu vejo a CBVela num esforço contínuo de trazer mais mulheres para essa parte, onde eu estou trabalhando agora, nessa parte da gestão e também representando a área da Mulher no Esporte no Comitê Olímpico Brasileiro. Eu vejo a importância de a gente ter diversidade no esporte, porque assim a gente vai fazer um esporte melhor, um esporte para todos, onde todos têm a sua voz”, disse.
Ex-atleta olímpico, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) mediou o debate e disse que os relatos vão ser transmitidos a todos os integrantes da Comissão do Esporte, “para que, através do entendimento desses deputados, seja transformado em política pública dessa Casa”. Para ele, é importante que a vela seja cada vez mais representada “e que também tenha ao seu alcance facilidades em relação a recursos e a convênios que possam vir a ser realizados.”
Além da vela, as discussões sobre o Ciclo Olímpico Paris 2024 englobaram modalidades que obtiveram um número significativo de medalhas ao longo do tempo, como Atletismo, Esportes Aquáticos, Vôlei e Judô.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
H.Bento alia atendimento humanizado à excelência em ortopedia, cirurgia de coluna, bariátrica, geral e medicina intensiva
-
MATO GROSSO6 dias atrás
No Fórum de Lisboa, Dauto Passare defende cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável
-
MATO GROSSO5 dias atrás
ACS prega união de associações militares e cobra revisão do percentual remuneratório
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Fábio Jr. traz para Cuiabá turnê que celebra seus 50 anos de carreira
-
ARTIGOS7 dias atrás
Dia do Hospital: Importância dessas instituições para a saúde da sociedade
-
MATO GROSSO20 horas atrás
Fórum Agro MT solicita suspensão do sistema CAR 2.0
-
MATO GROSSO20 horas atrás
Visitantes e trabalhadores da Expoagro contarão com estrutura de atendimento médico avançada do Hospital H.Bento
-
AGRONEGÓCIO20 horas atrás
Contagem regressiva para a “noite das patroas” na 57ª Expoagro de Cuiabá: Ana Castela e Maiara & Maraísa prometem show inesquecível