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Lula chora ao falar da fome e pede respeito à democracia: “Voltem pra casa”

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chorou hoje (10.11) ao falar sobre a fome e pediu respeito à democracia durante discurso no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília, sede do gabinete de transição de governo.

“A democracia voltou com os braços abertos, para dar a cada um de nós a sensação, o prazer e a felicidade de que seremos capazes de recuperar a civilidade nesse país”, declarou em sua primeira visita ao local.

O petista pediu ainda que apoiadores de Bolsonaro que estão em frente de quartéis, clamando por um golpe militar, voltem para casa. “Eles não sabem nem o que pedem, mas estão pedindo. Se eu pudesse dizer algo para essas pessoas, [eu diria] voltem para casa. Democracia é isso, um ganha e outro perde. (…) Eu não peço para ninguém gostar de mim. Eu só peço para as pessoas respeitem o resultado eleitoral, porque nós vencemos as eleições e vamos recuperar esse país”, afirmou.

Choro – Lula se emocionou ao falar sobre o compromisso que terá com o combate à fome no país. “Se quando eu terminar esse mandato cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando outra vez, eu terei cumprido a missão da minha vida”, afirmou, antes de pausar para enxugar as lágrimas. Qual é a regra de ouro deste país? É garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite e acorde sem ter um pão com manteiga para comer todo dia. Essa é a nossa regra de ouro.

Pacificação com o Judiciário – Ele também disse que a ida a Brasília é para pacificar a relação com as instituições, como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. “Vim aqui para visitar as instituições brasileiras e dizer o seguinte: a partir de agora, vocês vão ter paz, porque não vão ter um presidente desaforado querendo intervir na Suprema Corte, na Justiça Eleitoral”, declarou. O governo de Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Lula na eleição, foi marcado pelos atritos com o Judiciário. O petista criticou o adversário, dizendo que ele tem uma dívida com o povo brasileiro.

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“Agora que chegou ao fim, ele ainda não reconheceu a derrota. Seria tão fácil fazer como Alckmin, quando disputou comigo, como eu fiz duas vezes com FHC”, disse. “O presidente Bolsonaro tem uma dívida com o povo brasileiro: peça desculpas pela quantidade de mentiras que foram contadas nessa eleição e por duvidar da urna eletrônica”. Ele disse ainda que a transição não decidirá nada, mas fará uma “ressonância magnética” da conjuntura. “A partir dessa situação, vamos discutir e tomar algumas decisões para começar o processo de mudança desse país”.

Relatório dos militares – Lula aproveitou o evento para comentar sobre o relatório da Defesa em relação à segurança das urnas. Ele classificou o evento como “humilhante e deplorável”.

“Ontem aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para as nossas Forças Armadas. O presidente da República não tinha o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas”, disse Lula. Vice não é ministro. Lula comentou sobre o papel de Alckmin na transição e disse que ele coordena por não concorrer a cargo de ministro.

“Ele não disputa vaga de ministro porque ele é vice-presidente da República. Qualquer outro que eu colocar ‘ah, esse cara é coordenador e vai ser ministro'”, disse. A equipe de transição deve anunciar ainda nesta quinta-feira novos nomes, como os membros do setor de infraestrutura.

Reunião com partidos – Hoje, Lula reuniu líderes de 14 partidos no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição de governo. Estiveram presentes dezenas de deputados federais e senadores do PT e dos partidos aliados no parlamento.

Eles começaram a chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil por volta das 9h30. Às 11h, o público presente se reuniu no auditório do CCBB para ouvir uma fala de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Gleisi Hoffmann (PT).

Demonstração de força – Essa é a primeira reunião de Lula desse porte desde o resultado das eleições. Inicialmente o encontro aconteceria a portas fechadas, mas o evento foi aberto e acompanhado pela imprensa. Lideranças convidadas entenderam o convite como uma forma da dar início ao diálogo entre o governo eleito e o parlamento.

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PEC da transição – A PEC que procura abrir espaço no orçamento para o auxílio de R$ 600 no ano que vem foi tema presente nas conversas das autoridades. Hoje, a equipe econômica de Lula deve finalizar uma primeira versão da minuta do texto, que deve ser apresentada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nesta tarde.

Relator da CMO (Comissão Mista de Orçamento do Congresso), o senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou que o texto começará a tramitar pelo Senado, pois há um clima político mais favorável para que a proposta ande com mais “celeridade”.

Posteriormente, será encaminhado à Câmara, onde já há proposição semelhante. A expectativa é que o assunto vá direto ao plenário.
A expectativa é que o assunto vá direto ao plenário da Câmara e pule etapas de discussão nas comissões. Para que isso ocorra com velocidade, no entanto, ainda há negociações em curso com o intuito de que parlamentos e membros do governo de transição cheguem a consenso em relação a temas como o Bolsa Família, ações na área de saúde, entre outros.

“O que é importante a gente saber é que o tempo é muito exíguo. E nós temos que ser práticos e objetivos para poder aprovar essa PEC em tempo hábil para a gente fechar o Orçamento e aprová-lo até o dia 16 de dezembro”, afirmou Castro.

O relator da CMP explicou que, de acordo com as conversas iniciais, a PEC deve retirar o Bolsa Família do teto de gastos, assim como outras políticas públicas consideradas relevantes na visão do novo governo. “O que foi acertado na conversa que nós tivemos é que viria uma PEC para excepcionalizar o teto de gastos, o Bolsa Família, o adicional de R$ 150 para crianças até 6 anos. Isso dá R$ 70 bilhões. Teriam que recompor o orçamento da saúde, com o Farmácia Popular, saúde Indígena, remédio para vacina etc. Isso daria no mínimo outros R$ 15 bilhões”.

FONTE/ REPOST: Do UOL, em São Paulo e em Brasília

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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